terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

COMO SE CHEGA A DIRETOR/A DO TEATRO DA TRINDADE ?| Lemos no jornal i






A entrevista que a Diretora (autodesignada?) do Teatro Trindade deu ao jornal i merece ser lida.  Conjugada com o que outras pessoas, também em lugares institucionais,  tem dito deixa-nos um bocado zonzos, mas explicam muito do essencial que se está a viver. Apresentam situações e   pontos de vista  sem qualquer barreira. Quando deviam existir: a coisa pública é de todos e tem regras mesmo não escritas.  Mas há personagens que ao serem «escolhidos» julgam-se ungidos  de prerrogativas  que lhes permitem discursos, sem mais. Não se percebendo onde começa o pessoal e termina o oficial. Talvez seja o caso mostrado  no recorte seguinte: com a maior das naturalidades  mostra-se  caminho com que se chega a diretora do Teatro da Trindade, sem questionamento, como se o processo fosse imaculado, longe de qualquer crítica. Pois bem, houve gente que reparou, e comentou: mas é assim que as coisas acontecem? O que é mesmo  preciso  é estar no circuito ... Pertencer a grupos de Lisboa. Injusto?, é a vida.



Encurtando caminho, nós por aqui, como já o dissemos noutros posts,  não fazemos a coisa por menos: o Teatro da Trindade tem de ser refletido no âmbito  do serviço público  na esfera dasa atividades teatrais. E tem que se perceber qual o seu espaço no SISTEMA TEATRAL português, financiado direta ou indiretamente, total ou parcelarmente, pelo Orçamento do Estado, e isso não pode depender de uma ou outra pessoa que chegue ao lugar de responsável do Trindade, quem quer que ela seja. E esta é uma discussão que tem passado, e esperava-se que o XXI Governo Constitucional a retomasse, e não fizesse o mesmo que os seus antecessores. Mas deve estar a pedir-se muito... Antes que venham com essa, nem nos passa pela cabeça que tudo não seja legal, mas estamos a falar de outra coisa. Certo!
Havemos de voltar à entrevista, está recheada de «pontos de interesse» que ajudam a explicar onde chegámos e como vai ser complicado sair deste molho de brócolos ... Claro, haverá sempre quem se saiba adaptar - e critique quem não o faz - , arranje  com mais ou menos tempo lugar no meio, mesmo  sem, verdadeiramente,  puxar da resiliência ...
Antes que esqueça, será que no Trindade vamos ter CRIADORES fora de Lisboa? Talvez não, haveria as ajudas de custo, e certamente falta dinheiro.  Mas o INATEL é nacional !, e isso deve refletir-se em tudo. E cá temos o INATEL como bom ponto de partida para se debater o que é profissional e amador, o que deve ser centralizado e descentralizado, de maneira a que ao valorizar-se o CHIADO se engrandeça o resto nacional ...



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