sexta-feira, 26 de abril de 2024

Foi bonita a festa, pá !

 

Lisboa - Daqui
 
*
*  *


Tanto Mar
Foi bonita a festa, páFiquei contenteAinda guardo renitenteUm velho cravo para mim
Já murcharam tua festa, páMas certamenteEsqueceram uma sementeEm algum canto de jardim
Sei que há léguas a nos separarTanto mar, tanto marSei também quanto é preciso, páNavegar, navegar
Canta a primavera, páCá estou carenteManda novamenteAlgum cheirinho de alecrim
Canta a primavera, páCá estou carenteManda novamenteAlgum cheirinho de alecrim

quinta-feira, 25 de abril de 2024

«Vais ao 25 de abril?»|algumas ideias «para ir»...

  

é do Robin Fior . veja aqui

 
*
*   *


 
Ouve-se, e pensamos no que significará: «Vais ao 25 de abril?». Mas foi porque o ouvimos  que nos lembrámos de trazer para aqui os jornais das imagens - não só, a nosso ver, pelas belas capas - mas porque no Avante! nos indicam  sítios onde se celebram os 50 ANOS DE ABRIL, e porque no JL   «25 de Abril, 50 anos» é o organizador da edição, e também se pode ir no «ir» - no caso ler, trabalhos a não perder. 
 
 *
*  *
 
 
Do Avante!:

«Abril e Maio de novo, com a força do povo!

Em ave­nidas, ala­medas, praças, largos, o povo toma as ruas para si para co­me­morar, em uni­dade, este «dia ini­cial in­teiro e limpo», as suas con­quistas eva­lores. Daqui re­for­çamos o apelo, como fez o Se­cre­tário-Geral do PCP (ver caixa), para a par­ti­ci­pação de todos nas co­me­mo­ra­ções dos 50 anos da Re­vo­lução de Abril em todo o País.

Em Lisboa, sob o mote «25 de Abril, agora e sempre! Fas­cismo nunca mais!», a co­missão pro­mo­tora (que en­volve par­tidos, ORT, mo­vi­mento ju­venil, e muitas ou­tras es­tru­turas) di­na­mi­zará o já tra­di­ci­onal des­file, a ter início às 15h00no Marquês de Pombal, e que, des­cendo a Ave­nida da Li­ber­dade, irá de­sa­guar no Rossio. Aqui, após as in­ter­ven­ções do re­pre­sen­tante da ju­ven­tude e de um mi­litar de Abril, irá re­a­lizar-se um mo­mento cul­tural com di­versas ac­tu­a­ções mu­si­cais.

Ainda na manhã de 25 de­cor­rerá a 45.ª Cor­rida da Li­ber­dade, com di­versos per­cursos a ter­minar na Praça dos Res­tau­ra­dores, numa or­ga­ni­zação con­junta da Fe­de­ração das Co­lec­ti­vi­dades do Dis­trito de Lisboa, da As­so­ci­ação das Co­lec­ti­vi­dades do Con­celho de Lisboa e da As­so­ci­ação 25 de Abril.

 Já no Porto, as co­me­mo­ra­ções (também or­ga­ni­zadas por uma co­missão uni­tária) terão início às 10h00, na Praça Ge­neral Hum­berto Del­gado, com jogos tra­di­ci­o­nais, a que se se­guirão, às 14h30, uma ho­me­nagem aos re­sis­tentes an­ti­fas­cistas junto do Museu Mi­litar (an­tiga sede da PIDE) e um des­file da li­ber­dade, entre o Largo So­ares dos Reis e a Ave­nida dos Ali­ados, onde de­cor­rerão con­certos co­me­mo­ra­tivos.

Em todo o País

Por todos os dis­tritos e re­giões au­tó­nomas, o povo – di­na­mi­zado por co­mis­sões e ou­tras en­ti­dades – po­derá co­me­morar, esta data que é sua. Su­bli­nhamos as se­guintes ci­dades: Coimbra, com uma ma­ni­fes­tação às 15h00 da Praça da Re­pú­blica ao Pátio da In­qui­sição; Viana do Cas­telo, com um des­file a ini­ciar na ES de Mon­ser­rate, às 15h00;Aveiro, onde um des­file tem início na ES Mário Sa­cra­mento, às 14h30; Viseu, des­file da Santa Cris­tina ao Rossio às 14h30; Braga, com uma con­cen­tração e des­file às 14h30, na Ar­cada; des­files em Be­na­vente (15h00, Praça do Mu­ni­cípio), Torres Novas (15h00, Largo da Re­pú­blica) e San­tarém (16h00, Jardim da Re­pú­blica); Nisa, com uma con­cen­tração e des­file às 10h00 na Praça do Mu­ni­cípio; Faro, onde de­cor­rerá uma ma­ni­fes­tação às 16h00 no Jardim Ma­nuel Bivar; Évora, con­cen­tração e marcha às 10h00, da Praça Gi­raldo ao Parque In­fantil; Ponta Del­gada, con­cen­tração e marcha do Largo Ca­mões às Portas da Ci­dade, às 13h30; Fun­chal, com uma marcha às 15h00; Leiria, com um des­file às 15h00, na Vila de Monte Re­dondo; Bra­gança, com uma con­cen­tração na Praça da Sé às 9h00 se­guida de ca­mi­nhada; Vila Real, onde de­corre uma con­cen­tração com mo­mentos cul­tu­rais às 15h00, no Jardim da Car­reira; Cas­telo Branco, com uma ar­ruada hoje às 21h00, no centro cí­vico; des­files em Al­mada (10h00, Praça S. João Bap­tista) e Bar­reiro (20h00 de hoje, Tor­ralta), e um jantar de de­mo­cratas em Se­túbal, n’«O Ra­mila», às 19h00; Beja, com con­certos hoje e amanhã na Praça da Re­pú­blica;con­certo no Te­atro Mu­ni­cipal da Guarda, às 21h30; Zona Ori­ental de Lisboa, com uma festa po­pular na Praça Paiva Cou­ceiro, hoje, às 19h00; ca­mi­nhada às 09h30 em Me­lides, Grân­dola; e di­versas ini­ci­a­tivas fora do País, que podem ser con­sul­tadas emwww.ins­ti­tuto-ca­moes.pt.

Entre hoje e amanhã
Além destas, muitas ou­tras ini­ci­a­tivas estão pro­gra­madas por au­tar­quias em todo o País, tais como con­certos, hoje, em Bar­rancos (Quin­talão de Festas, 22h30), Cuba (Largo Cris­tóvão Colon, 21h00), Serpa (Praça da Re­pú­blica, 21h30, além de uma con­cen­tração, no dia 25, 10h00, na Ala­meda Abade Cor­reia da Serra, se­guida de uma ar­ruada), Ar­rai­olos (Mul­tiusos, 22h30, com con­cen­tração e des­file amanhã, às 15h45, na Praça do Mu­ni­cípio), Moita (des­file com início no Largo do Mer­cado às 10h00), Viana do Alen­tejo (di­versas ac­tu­a­ções pelo con­celho), Silves (Zona Ri­bei­rinha, 21h00), So­bral de Monte Agraço (Praça Dr. Eu­génio Dias, 22h30), Avis (Au­di­tório Mu­ni­cipal «Ary dos Santos», 17h00), Al­cácer do Sal (Mon­tevil, 8h00), San­tiago do Cacém (entre o Jardim Mu­ni­cipal e o Parque Verde da Quinta do Cha­fariz, 20h00), Seixal (Parque da Quinta dos Fran­ceses, 21h30) e Se­simbra (tri­buto a José Afonso no re­cinto da Festa das Chagas, 22h).

Além destes, des­ta­camos ainda uma ini­ci­a­tiva de ciclo-tu­rismo e ca­mi­nhada às 9h00 de amanhã na Vi­di­gueira, di­versas ar­ru­adas no dia 28 em Mon­forte e, em Pal­mela, um des­file, às 15h00, na Maré Alta, no dia 25.

(...)

O artigo na integra é de acesso livre - aqui   onde se pode ver esta, ao nosso olhar, bela imagem:
 

 *
*    *
E do JL, do muito que se podia eleger:


quarta-feira, 24 de abril de 2024

NA TSF | mais do que uma playlist um ensaio radiofónico sobre as canções de abril por Rui Vieira Nery


 Veja aqui

 

«No mês em que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril, A Playlist De... é temática, com escolhas e comentários em torno da Revolução. No início desta semana da Liberdade, uma das personalidades que melhor conhece a história da música em Portugal vem à TSF. Rui Vieira Nery, musicólogo, traz-nos, ao longo da semana, um pequeno ensaio radiofónico sobre as canções de Abril na forma de uma selecção musical acompanhada de contextos socio-culturais explicados para cada escolha.

Rui Vieira Nery é consultor na Fundação Calouste Gulbenkian e professor na Universidade Nova de Lisboa. É doutorado em Musicologia pela Universidade do Texas e Comendador da Ordem do Infante D. Henrique. Tem 67 anos e é filho do guitarrista Raul Nery.

 A Playlist De... passa na TSF de 2.ª a 5.ª entre as 14h00 e as 15h00, com repetições às 23h00 e às 05h00. Compacto semanal, ao sábado, às 12h00
 
*
*   *
Neste contexto, uma canção icónica,
 na voz cristalina de Adriano Correia de Oliveira: 








CULTURA TODA|«SERVIÇO PÚBLICO DE CULTURA»+«INDÚSTRIAS CULTURAIS E CRIATIVAS»|DIVULGUE-SE O QUE VAI APARECENDO|no semanário expresso «Aliança para dinamizar a indústria criativa e cultural»

 

 
Começa deste modo:

«Dificilmente se consegue atingir os tão almejados e urgentes 1% para a cultura sem estimular a criação de riqueza, talento e o mérito de quem arrisca e empreende, em simultâneo com políticas sociais para os mais desfavorecidos ou desencorajados. A social-democracia preconiza que a governação política deve promover a redistribuição da riqueza e ajudar os cidadãos que, por uma ou outra razão, não conseguem alcançar os padrões mínimos de sobrevivência, o que significa combinar as políticas sociais com o desenvolvimento económico e social.

O Governo de Tony Blair — social-democrata — foi influenciado pela terceira via (conceito inspirado em Anthony Giddens), e que é também promovida por alguns partidários do liberalismo social, que tenta reconciliar os posicionamentos económicos e social. Com a eleição de Tony Blair estabeleceu-se o primeiro Departamento da Cultura, Media e Desporto (DCMD), com responsabilidades no mapeamento, definição e desenvolvimento de um conjunto de indústrias relacionadas com a arte, os media, a cultura e a tecnologia digital. Esse Governo criou um ministério para implementar políticas públicas nas áreas culturais e criativas de modo a potenciar o impacto no PIB inglês, cerca de 6% na economia e no emprego (tanto ou mais do que a indústria automóvel); em Portugal representa entre 2% e 3% do PIB, com grande potencial de crescimento.

As indústrias e instituições criativas e culturais (ICC) de Portugal são fundamentais, razão pela qual deve ser considerado um sector estratégico. A política pública deve ser orientada para reforçar a sua resiliência e sustentabilidade, de modo a promover o nosso valor cultural em Portugal e no exterior. Com este propósito podem destacar-se alguns domínios de intervenção — prioritários — do Estado, nomeadamente: incentivar o empreendedorismo, melhorar o financiamento público e combater a precariedade.

A implementação de políticas públicas conjunturais não requer, necessariamente, a alocação de mais recursos financeiros, mas sim um melhor aproveitamento dos programas ou instrumentos existentes

Em muitos casos a implementação de políticas públicas conjunturais e estruturais não requer, necessariamente, a alocação de mais recursos financeiros, mas sim um melhor aproveitamento dos programas ou instrumentos existentes (PT 2030 ou PRR, por exemplo) e também uma melhor articulação entre ministérios e secretarias de Estado (e outros organismos, como o IEFP, IAPMEI, AICEP, Banco Português de Fomento, etc.). É fundamental criar uma visão de conjunto e um propósito comum para dinamizar um sector estratégico e reprodutivo e capaz de criar emprego (incluindo jovens qualificados), que é um dos grandes desafios societais. (...)».


*
*  *
 
Ao divulgarmos trabalhos sobre a Cultura, como o acima, não significa que estejamos alinhados com a abordagem, mas sim que valorizamos o esforço de quem não esquece o SETOR, e se reconhece que há muito para discutir e que nada pode ser posto de parte ... Por exemplo, o 1% para a Cultura com que o artigo é iniciado, é referenciado ao SERVIÇO PÚBLICO DE CULTURA ou para este mais as INDÚSTRIAS CULTURAIS E CRIATIVAS (ICC)? E onde estão as estatísticas, e os sistemas de informação mais amplos onde fundar as reflexões?Apenas  interrogações que ilustram o tanto que há para fazer ... Para confrontar. Por isso, bom acolhimento para o que apareça no espaço público com vista ao aprofundamento do SETOR DA CULTURA E DAS ARTES.