sábado, 11 de fevereiro de 2017

E o Luís Miguel Cintra esteve lá... | E a questão do serviço público na esfera da cultura e das artes tem de ir ao Parlamento ... | E ...

 
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O que se lê no recorte o Gabinete anunciou à tarde, mas o Secretário de Estado da Cultura (SEC) já o tinha anunciado de manhã no encontro a que se refere a notícia. Mesmo no início, assim a modos para adoçar a conversa. E  na altura alguém perguntou, mas afinal de onde vem o dinheiro? Do Fundo do Fomento Cultural daquele reforço proposto   pelo Partido Comunista Português e aprovado? O SEC nada adiantou ... Que maçada, leram muitos,  aquilo não intreressava para ali...
Mas se formos lá atrás o SEC já tinha falado no assunto (já tinha a coisa na manga) - veja post anterior:





Da entrevista lá em causa:


«Que tipo de projectos?
É uma linha que apoiará projectos presentes através de candidatura, mas que não se socorrerá do modus operandi do regulamento vigente. Será uma linha que se aproximará mais do apoio a projectos pontuais do que dos programas anuais e plurianuais. Isto não quer dizer, e este é o terceiro aspecto que queria focar, que não reforcemos este quadro transitório com outras verbas que estamos empenhados em obter, agora que se vai iniciar a discussão para o Orçamento do Estado (OE). Ao mesmo tempo que este quadro transitório segue o seu rumo, iniciamos o processo de construção do novo modelo de apoio às artes, ouvindo o sector. Pretendemos que este processo esteja concluído até Maio de 2017 e que, no início do segundo semestre de 2017, se iniciem os processos concursais que decorram deste novo modelo, com efeitos a partir de Janeiro 2018. Apesar do que tem sido o subfinanciamento da área cultural, uma das razões da precarização das relações de trabalho, nomeadamente no terceiro sector, tem que ver com uma carência enorme de planificação das organizações relativamente à forma como vão utilizar o financiamento do Estado.

Essa será a principal medida de combate à precariedade no meio artístico?
Será complementar àquilo que espero que aconteça em 2017, que é um aumento do financiamento efectivo para a cultura e para as artes».

Hoje sabemos que o aumento não se verificou - embora no encontro de ontem o SEC insistisse no contrário -, e  o desastre continuou. Continua. E, a ilustrá-lo, a CORNUCÓPIA FECHOU. Mas o Luís Miguel Cintra compareceu na Torre do Tombo onde o «evento» aconteceu. E nisso muita gente reparou, e ao comentar-se o que lá se passou, logo aparecia em primeiro lugar: o Luís Miguel Cintra esteve lá... Que leitura farão disso os Governantes? Mas numa de humor negro, à saida, alguém dizia que o maior financiador para o que ai vem é a verba que  a Cornucópia deixou livre ao fechar ...  
Mas vamos ao que demais se passou na Torre do Tombo, sem entretantos e concluindo: por ali não se chega lá.  O inquérito - mais um - que vão fazer aos agentes culturais não substitui o que os Governantes e as Dirigentes da DGARTES (em regime de substituição) já deviam saber! para encabeçarem uma MUDANÇA DIGNA DESSE NOME.  Teriam que saber, por exemplo, que os Apoios são para garantir um SERVIÇO PÚBLICO e não para  subsidiar os Agentes Culturais. E depois admiram-se que venham com os «subsidiodependentes». Não volta a dar-lhe, estejamos atentos ao que se vai passando, e lute-se para que as míseras verbas sejam distribuidas com a equidade possível, ... mas em resposta aos que  se lamentavam dizendo que é o que temos, não há nada a fazer, respondemos: não é verdade. Vamos em frente, leve-se a questão do SERVIÇO PÚBLICO NA CULTURA E NAS ARTES À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA retomando-se o que muitos, há muito, identificaram como necessário.  Mas com isso não se isente o GOVERNO de governar de acordo com o seu PROGRAMA  na cultura e nas artes.

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