sábado, 31 de dezembro de 2016

ABERTOS CONCURSOS PARA OS DIRIGENTES DA DGARTES | o que mais dói é tudo isto acontecer à frente dos nossos olhos e já haver quem se deixe dominar pelo «não há nada a fazer», «é tudo igual», «continua o mesmo», «como é possível !» ...|NO MINIMO A PALAVRA DE ORDEM É « DESISTIR NÃO, INDIGNAÇÃO SIM»


Leia aqui

Este post é sobre a abertura do «procedimento concursal» (diabo de designação!) para Subdiretor-Geral da Direção-Geral das Artes e para Diretor-Geral da Direção-Geral das Artes do Ministério da Cultura de Portugal, a que se refere a imagem acima. Mulheres não se assustem, está no masculino mas, claro,   também se podem candidatar. Força!, entrem no(s) circuito(s). Por acaso, no mesmo Diário da República num outro Aviso n.º 16204/2016 não se esqueceram deste «pormenor» da igualdade, eventualmente numa formulação a melhorar, mas louve-se a intenção:


E podia recorrer-se ao Plano Nacional Para a Igualdade 2014-2017:  «Assegurar, a nível institucional, a adoção de uma política comunicacional não -discriminatória em função do sexo e promotora da igualdade de género, em todos os organismos públicos». Bem prega Frei Tomás ... Mas  nas entrevistas na CRESAP o assunto pode vir à baila. Candidatas e candidatos,  podem ter a iniciativa, e fazerem um brilharete, ao lançarem para a conversa a igualdade de género na cultura e nas artes,   aqui fica a dica.
Bom, não nos desviemos do que  nos trouxe ao post e vamos ao que interessa: depois da publicação no DR há que ir ao site da CRESAP. E lá se encontram, desde ontem, as coordenadas a seguir para cada um dos casos: DIRETOR/A; SUBDIRETOR/A.
Ora bem,  aqui no Elitário Para Todos ainda não desistimos - qual o quê, não vamos desistir! - e tudo faremos para não perdermos a CAPACIDADE DE INDIGNAÇÃO, e  há razões para isso ao olharmos para estes «procedimentos concursais». Assim, com a ajuda de leitores, vejam só, utilizando palavras ainda assim  não muito duras, e educadas,  do que nos arrepia, e indigna: 
  • A DGARTES tem de ser refundada, tal como está é uma «inexistência». Tal como está nem sequer se justifica ter dois lugares de Dirigentes superiores, nem aquele número de Dirigentes intermédios para tão reduzido número de pessoas ao seu serviço. Decorre do Programa do Governo que a DGARTES tem de ser reestruturada, é uma evidência para os agentes culturais que o reclamam, os Partidos que apoiam a solução governativa denunciaram a situação na esfera do PREMAC - veja por exemplo PAÍS EM REGRESSÃO CIVILIZACIONAL E CULTURAL ou o que diz a Plateia. Mas, como se vê, de nada serve. Continua-se com a saga dos Dirigentes no modo «o carro à frente dos bois», como nada de anormal se passasse.
  • A situação orgânica da DGARTES dá para todos os Perfis de Candidatos. Nada nos últimos anos se alterou nos serviços a não ser ficarem cada vez mais esvaziados, mas a descrição das características dos candidatos essas não param de mudar. Muito adaptativas, falta perceber em função de que propósito. Todavia, consegue-se identificar uma correlação, e outras haverá: com o perfil de quem está lá nos lugares em regime de substituição. Compare, por exemplo, as habilitações do presente concursos com o anterior para Subdiretor/a. Onde, antes, era economia e gestão, agora é direito. Não, não acreditamos em bruxas ..., mas verifica-se o que dissemos. Onde antes, para Diretor se andava à volta de Direito, Gestão, Economia, Ciências aplicadas às artes, agora temos «Licenciatura na área da Cultura». Necessariamente, antes do mais, temos que conhecer as licenciaturas do universo «Cultura». Certamente, apenas coincindência, mas: o Diretor-Geral que foi substituido caso se candidate tem a vida ligeiramente complicada, é de direito. Em contrapartida, a formação da atual Dirigente em regime de substituição é nas «artes». Mas tudo indica que não se poderá candidatar - veja DGARTES | Mais problemas, para além do orçamento... onde «João Bilhim garante que atual diretora.geral das artes  não pode sequer candidatar-se ao cargo».

  •  Em particular, aquela «Gestão nas vertentes das Artes ou do Património Cultural» tem de ser explicada. Há que lhe dar conteudo com fundamento académico, cientifico, e organizacional. «Preto no branco». Aquele «ou» é saboroso. E  é imensa a curiosidade quanto ao Património Cultural. Pura especulação, mas: tendo presente a abrangência de Património Cultural, de que repescamos o «material» e «imaterial», querem ver que  a DGARTES vai especializar-se em inventários para apoiar as organizações culturais que fecham - tipo Cornucópia, embora esta seja de execlência única. Enfim isto só se leva com algum humor - na circunstância, negro !  Bem, mas no «Procedimento», no site da CRESAP nada transpira quanto a esta «atribuição»... Não pode ser !Bom, eventualmente nem se lembraram disso, mas há também o Património da própria DGARTES, devendo,  tratar-se desde a «Coleção da SEC», até ao que foi dado do seu centro de documentção em construção, até aos documentos internos. Haverá o que vai cair no«Património Cultural» e o que ficará no «Património Organizacional». Mas parece que o conhecimento para tratar destas matérias não será bem daquela «Gestão na vertentes das Artes ou do Património Cultural». Mas isto somos nós a conversar ...

  • Por aqui, no Elitário Para Todos, neste último dia do ano de 2016, olhando para anteriores Diretores - que fizeram a DGARTES, e a dirigiram nos seu melhores tempos - interrogamo-nos: será que passariam no atual crivo? Não parece fácil ... 
  •  E agora olhemos para o júri: um dos membros foi Diretor-Geral da DGARTES até há bem pouco tempo, em   anos de maior convulsão - quanto ao orçamento e à forma como os concursos foram realizados. E temos a gestão interna de que se pode ter uma ideia bastando ir ao site da DGARTES, por exemplo na esfera do SIADAP. Há processos em curso dos agentes culturais à espera de decisão. Há assuntos internos à espera de resolução. Em geral à espera de uma Auditoria de Gestão. Ainda que mal se pergunte: isto não torna incompatível a sua participação num júri que vai decidir sobre pessoa que vai ocupar o lugar que até há bem pouco tempo era seu, e onde há tanto pendente do seu «reinado»?  Em termos de legalidade, de ética, de bom senso, de ...
Em sintese, pede-se que alguém olhe para a DGARTES como um todo. Mas a quem pedir um módico de atenção? Ainda queremos acreditar que ao Governo no seu conjunto, aos Partidos que apoiam a solução governativa, aos Movimentos em defesa da cultura, aos Sindicatos, ... 
E de facto, refletir o PERFIL  DOS DIRIGENTES para os organismos que integram o Ministério da Cultura é urgente, mas como algo ESTRUTURANTE e não como coisa que varia ao sabor da espuma dos dias, para uma navegação à vista.

Enfim,  não deixemos que estas coisas se esgotem em si mesmas. Não basta que nos DESEJEM BOM ANO. Senhores governantes, um melhor 2017 passa também por resolverem as «DGARTES»  deste País. Façam-nos acreditar que o regime DEMOCRÁTICO tem mecanismos de regeneração que nos mostram que a cultura e as artes valem a pena como designio de uma sociedade.




Sem comentários:

Enviar um comentário