sábado, 29 de outubro de 2016

«2018 - 22»




Veja aqui

                        (montagem)


  
Quando no nosso País não sabemos o que se vai passar «amanhã» em termos de investimento no Serviço Público na esfera da cultura e das artes é «inspirador» ver como outros trabalham: de forma estratégica. Profissional. Pois claro, é assim que se faz ! E no principio objetivos estratégicos mobilizadores:






CONTACTAR COM A DGARTES? | com conta, peso e medida ... | COMO É POSSÍVEL !

Veja aqui


Por aqui se percebe, de entre as mudanças que o setor reclama para a DGARTES haja esta: admissão de uma telefonista. Falta de recursos? Sugestão: diminua-se uma chefia, e em troca  incremente-se a equipa de contacto  exterior, ou seja, com quem justifica a existência da Direção-Geral. O Programa do Governo aposta na ADMINISTRAÇÃO ABERTA, mas depois temos coisas como estas. Reveladoras !
E objetivamente retrocesso: pelos vistos já lá vai o tempo em que a telefonista era a primeira a chegar e a última a sair.
E parece que por e-mail há os que nunca recebem resposta. Aliás, há quem já tenha desistido  de contactar a DGARTES. Seria bom alterar este estado de coisas. OUVIR O SETOR passa por aqui. Pela disponibilidade permanente, como valor e prática. E não como  campanha. Muito simples: a DGARTES tem obrigação minima de facilitar o contacto e de ouvir quem com ela quer falar. Ponto final!



sexta-feira, 28 de outubro de 2016

ESTUDO |«Produção de Conteúdos Audiovisuais em Portugal»

Uma notícia sobre o trabalho neste endereço.


A INTRODUÇÃO do estudo:

 «A aceleração da globalização e a generalização das TIC impulsionou o processo de massificação do consumo de bens e serviços de índole cultural e de outros bens e serviços diferenciados por fatores de natureza intangível, especialmente relevante ao nível do consumo desses bens e serviços nas camadas e grupos sociais de menor poder de compra e/ou menor nível de habilitações. Os produtos culturais e criativos com conteúdo audiovisual são aqueles que, porventura, mais materializam este estreitamento de fronteiras e a maior aproximação cultural entre povos, além de terem um acesso facilitado pelas franjas da população mais desfavorecidas, tanto em países desenvolvidos como em países em vias de desenvolvimento. O presente estudo, contratado pela Associação de Produtores Independentes de Televisão (APIT), tem como objetivo principal a análise da realidade que carateriza as atividades de produção de conteúdos audiovisuais em Portugal (sempre que possível, com foco especial na realidade dos produtores independentes para televisão), considerando ainda âmbitos setoriais mais alargados, designadamente, a cadeia de valor do produto audiovisual, o setor mais amplo dos media e entretenimento e as indústrias culturais e criativas em geral. A par de uma vertente mais “positiva”, o estudo fornece ainda uma vertente mais “normativa”, que permite escrutinar os aspetos fundamentais da “lei da televisão e dos serviços audiovisuais a pedido” e da “lei da arte do cinema e das atividades cinematográficas e audiovisuais” atualmente em vigor em Portugal e da sua comparação com outras realidades internacionais, designadamente em matéria de obrigações dos canais de cabo internacionais em termos de produção nacional. O estudo está estruturado em três partes, as quais estão divididas em oito capítulos. Numa primeira parte introduz-se os grandes temas, conceitos e metodologias do estudo, através do presente capítulo introdutório e do segundo capítulo, dedicado à apresentação dos conceitos base, das metodologias utilizadas ao longo do trabalho e a delimitação concreta do objeto de estudo. Na segunda parte, do diagnóstico competitivo do setor nacional da produção de conteúdos audiovisuais, este trabalho procura: no capítulo 3, dar uma visão global acerca das grandes forças de mudança e tendências internacionais com impacto na atividade do setor; no capítulo 4, fazer uma apresentação sobre a configuração do contexto internacional da atividade de audiovisual, com destaque para os principais países produtores e uma breve síntese sobre as grandes produtoras audiovisuais (independentes ou não); no capítulo 5, fazer a apresentação de uma curta série de estudos de benchmarking internacional, de países onde o setor conheceu uma evolução possivelmente inspiradora para as empresas nacionais; no capítulo 6, dar a conhecer a configuração, a dinâmica recente e as forças competitivas que impactam a atividade das produtoras de conteúdos audiovisuais portuguesas. Na terceira parte, vocacionada para o pensamento estratégico para o futuro desenvolvimento do setor, começar-se-á (no capítulo 7) pela estruturação de uma SWOT setorial de síntese, a sistematização dos principais desafios estratégicos para o setor, bem como a caracterização de cenários de desenvolvimento do setor no médio e longo prazo. Termina-se, depois, com o capítulo 8, onde se sistematizam as principais conclusões e recomendações estratégicas tendo em vista melhorar a sustentabilidade, competitividade e reconhecimento do setor no quadro nacional e internacional».

terça-feira, 25 de outubro de 2016

«PERFORMART»

Veja aqui


«A missão da PERFORMART passa, entre outros objetivos, pela promoção de esforços e iniciativas que permitam o reconhecimento e o desenvolvimento saudável e sustentável do setor das artes do espetáculo e dos seus profissionais, aos mais diversos níveis; pela estruturação de redes de trabalho entre os seus associados; pela representação dos interesses dos seus membros perante as instituições nacionais e internacionais; e pela promoção da tomada de posição conjunta acerca de assuntos relevantes para o setor e seus profissionais.
 A associação pretende criar espaços de análise e reflexão, organizando e promovendo grupos de trabalho, seminários, estudos de caráter científico, além de incentivar a circulação de espetáculos dos seus associados e o estabelecimento de parcerias entre os diferentes membros e outras associações. Além do TNSJ, são membros fundadores da PERFORMART: Instituto Politécnico do Porto; Fundação Centro Cultural de Belém; Fundação Casa da Música; Fundação Serralves; OPART; TNDM II; EGEAC; Teatro Viriato; Centro Cultural Vila Flor (A Oficina – Centro de Artes e Mesteres Tradicionais de Guimarães, CIPRL); Academia Contemporânea do Espetáculo - Teatro do Bolhão; Teatro Experimental do Porto; Teatro Municipal de Almada e O Espaço do Tempo.
 De seguida, a PERFORMART pretende alargar o seu leque de Associados a todas as pessoas coletivas, públicas ou privadas, que desenvolvam, permanente ou pontualmente, uma atividade artística e/ou de programação e/ou de produção cultural no setor das artes performativas, sendo divulgada informação nesses sentido pelos seus Associados muito brevemente».
Aguardemos mais informação para se perceber a identidade desta nova organização. Assim, de repente, não é fácil!  Mas, entretanto, necessariamente: bom trabalho!



segunda-feira, 24 de outubro de 2016

CONFERÊNCIA |Sobre a proteção de bens culturais em tempo de alterações climáticas| 3-4 NOVEMBRO 2016 | GULBENKIAN | LISBOA



Saiba mais



«Sob a égide da Nações Unidas, no final de 2015, representantes de 195 países discutiram, na Conferência do Clima em Paris (COP 21), o impacto das alterações climáticas sobre as sociedades, as pessoas e os seus bens. Chuvas torrenciais, tempestades inesperadas e violentas, derrocadas, ondas de calor e picos de poluição atingem, atualmente, uma frequência preocupante. 
Por outro lado, nos últimos anos, assistimos ao recrudescimento de incidentes (sismos, guerras, atentados, inundações, incêndios) que provocaram danos irrecuperáveis e a destruição de bens culturais, testemunhos fundamentais de história, de memória e de identidade. (...)». Continue a ler.



A CAMINHO DO ORÇAMENTO DO ESTADO 2O17 | CULTURA | sem «reversões» de políticas anteriores diz o Bloco de Esquerda | E ...

Daqui


E ... falta dizer, após o diagnóstico,  o que vão propor para inverter a situação, ou será que não!


sexta-feira, 21 de outubro de 2016

UNESCO | HABITAT III | «o poder da cultura como ativo estratégico para criar urbanidades mais inclusivas, criativas e sustentáveis»



A partir da  ONU Brasil sobre o Relatório da imagem de que registamos  as recomendações abaixo:
«Com diplomatas e especialistas em desenvolvimento urbano reunindo-se nesta semana em Quito, no Equador, para a principal conferência das Nações Unidas sobre cidades, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) lançou novo relatório enfatizando o poder da cultura como ativo estratégico para criar urbanidades mais inclusivas, criativas e sustentáveis.
Lançado na terça-feira (18) na capital equatoriana, o relatório afirma que a cultura precisa estar totalmente integrada nas estratégias urbanas para garantir sua sustentabilidade, assim como uma melhor qualidade de vida para seus residentes. Continue a ler».



«2010»

 Não estamos sózinhos ao escolhermos «2010» como base de trabalho para se fixarem as verbas do Orçamento do Estado para os apoios às artes para 2017 (aliás era espectável que o tivesse sido para 2016). Outros o fazem para outras áreas, e até se pode dizer comparáveis:

«(...)
Confrontado com o alerta de investigadores e professores do ensino superior para o facto de o Orçamento do Estado para 2017 ser insuficiente e continuar inferior às verbas definidas em 2010, o ministro respondeu que “os aumentos nunca são suficientes”. (...)». Leia aqui.

 


quarta-feira, 19 de outubro de 2016

DGARTES | Mais problemas, para além do orçamento ...



 
Veja no «Sexta às 9» último  - 14 de OUT 2016 - pelos 40m: neste endereço


É público: os problemas da DGARTES não se esgotam nas verbas que lhe são atribuídas no Orçamento do Estado. De facto, e pelo que se sabe através da comunicação social, redes sociais, canais da Assembleia da República, ...: há a orgânica deixada pelo PREMAC sem qualquer lógica interna, digamos, uma aberração; o número reduzido de trabalhadores abaixo dos minimos dos minimos em que preponderam os «administrativos» como se a Direção-Geral se esgotasse em si mesma; por outro lado, um elevado número de dirigentes, nomeadamente Diretora e Subdiretora, com os problemas que são conhecidos; uma gestão que tinha de mudar, e por isso se demitiu o dirigente anterior, mas até agora nada se viu de diferente; ...
Quanto à Diretora-Geral atual (em regime de substituição), no último «Sexta às 9», o até há pouco   Presidente da CRESAP adianta o que se pode ver na imagem -  e só demos por isso porque leitor atento do Elitário Para Todos nos alertou. Reconfortante saber que há pessoas que não são indiferentes ao que nos rodeia.
Mas ...tudo continua na mesma! E depois admiramo-nos que apareçam os «Donald Trump».
Senhores Políticos, digam alguma coisa!, até porque o silêncio fala.  E por aqui, perante o que se sabe, reafirma-se o que se tem vindo a dizer: na DGARTES para se resolver cada um dos problemas tem de se intervir no todo. Ou seja, tem de se REFUNDAR A DGARTES. Mas será assim tão difícil ver isso! Se assim é, não deixa também de ser elucidativo.



terça-feira, 18 de outubro de 2016

APOIOS ÀS ARTES ATRIBUIDOS EM 2010








Fazendo convergir várias fontes, à data dos «primeiros cortes», o montante dos apoios às artes através da DGARTES anda pelos valores da imagem. Como sempre temos defendido no Elitário Para Todos é o ponto de partida que se impõe para se discutir o ORÇAMENTO DO ESTADO para 2017 neste domínio. Doutra forma de pouco valerá dizer que se vai dar prioridade à cultura. Mas só não vê quem não quiser ver ...




segunda-feira, 17 de outubro de 2016

A CAMINHO DO ORÇAMENTO DO ESTADO 2017 | CULTURA | PCP | «passos positivos»


 «(...)
São também dados passos positivos no apoio e estímulo aos pequenos e médios empresários, na perspectiva de redução de custos da energia, no alívio da tributação sobre as pessoas com deficiência e no reforço da verba para o apoio às Artes. (...)». Leia na integra.


Destaque nosso

PSD | organiza até final do mês «jornadas do património e da cultura»

Leia aqui





E já que se lembram as prioridades sobre o Orçamento do Estado para 2017:

 «(...) Mas as contas para a Cultura têm de ser separadas em duas áreas: o subsetor da comunicação social terá uma verba de 239,8 milhões de euros. O que significa que os restantes organismos culturais ficam com um orçamento consolidado de cerca de 214,9 milhões. É um aumento face ao orçamento anterior, é certo, mas ainda está muito longe de chegar à desejada equivalência de 1% do PIB pretendida pelo PCP e Bloco de Esquerda. Aliás, feitas as contas, a verba estimada para a Cultura em 2017 não ultrapassa muito os 0,1% do PIB. Uma ínfima parcela, portanto. (...)». Leia na integra, no Observador.
Mas aguardemos até ao lavar dos cestos, o mesmo que dizer até ao fim da discussão do OE para 2017. E até pode ser que os Partidos que levaram a cultura a onde nos encontramos tenham um rebate de consciência - mais vale tarde do que nunca  - e  todos mostrem em orçamento o que dizem em palavras. E, como muitas vezes temos dito,  deixem de tratar todos os cidadãos como crianças.

EXCERTOS | FRANCISCO JOSÉ VIEGAS | «O nome cultura é um detergente ótimo para muitas coisas que não são cultura»




Leia aqui




«Groupmuse»

Veja aqui

«We all crave shared experiences with real people, in real life, offline.

Groupmuse is a platform enabling communities to come together around great art; an online social network that connects young classical musicians to local audiences through concert house parties. Share the great masterpieces of music with old and new friends — in your living room and throughout your city. Because art is better with your friends. Because music can't hear itself. Because we need to feel together. Groupmuse. Be Alive.
Groupmuse’s origins can be traced back to the Allston apartment of pianist Cristian Budu, in 2010. There, musicians from New England Conservatory would gather for chamber music house parties that would rattle the rafters with the sweet sounds of Brahms late into the night. Groupmuse founder Sam Bodkin was lucky enough to be invited to these concerts, refined the idea while working for the Boston Symphony Orchestra, and put on the first groupmuse in January of 2013.
Every week, the Groupmuse platform brings hundreds of new listeners to classical music. With over 300 events in the last year, we’ve been featured in TIME, the Guardian, the Boston Globe, NPR, and many others. It’s always free to host a groupmuse and we can adapt to any size space. Just set the number of guests you’d like to have over, reserve some spots for your friends, and our platform connects you to area musicians. Our new program, Groupmuse at Work, provides an exciting opportunity to infuse any company’s culture with the great masterpieces of art. Like all groupmuses, these experiences are characterized by warmth, depth, and inspiration. They help employees engage and bond as only profound and shared experiences can».


sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Dario Fo

Tirado daqui | Veja mais


 «a Itália perdeu um dos grandes protagonistas
 do teatro, da cultura e da vida civil»Matteo Renzi



«(...)
Durante a guerra, Fo inscreveu-se no exército fascista. Explicou mais tarde que o fez para disfarçar o facto de a sua família colaborar com a resistência. Ele o pai salvaram refugiados, soldados aliados e cientistas, disfarçando-os de camponeses e ajudando-nos a passar para a Suíça. Finda a guerra, Fo retomou os seus estudos na Academia de Brera, em Milão, e estudou arquitetura. Mas teve um colapso nervoso e não concluiu o curso. Em vez disso, dedicou-se à pintura e ao teatro, começando a apresentar monólogos no estilo improvisado a que mais tarde ficaria associado.

“NÃO SE PAGA NÃO SE PAGA”

Convidado a atuar num espetáculo de variedades em 1950, desenvolveu o seu estilo particular de humor, com efeito imediato sobre o público. Seguiu-se um convite da RAI, a emissora pública italiana, para apresentar uma comédia a solo aos sábados. Fo aproveitou para criar 18 monólogos satíricos, uns sobre a Bíblia, outros com personagens de Shakespeare, que se revelaram suficientemente escandalosos para o espetáculo ser cancelado.
Ele passou-o então para o teatro ao vivo. Não muito depois, iniciou a sua atividade com autor de canções. E teve o encontro mais decisivo da sua vida ao conhecer a atriz Franca Rame, de uma família teatral, com quem se casou em 1954.
Ao longo das décadas seguintes, trabalhou em cinema e em programas televisivos, bem como em companhias teatrais por ele criadas. Os eventos de maio de 1968 levaram-no a fundar um coletivo teatral, Associazione Nuova Scena, que atuava em centros comunitários e outros lugares com a ajuda do Partido Comunista. Nunca se filiou pessoalmente, mas muitas das suas peças têm um forte conteúdo político, até ao fim da sua carreira. Algumas das mais conhecidas levam por título “Mistério Buffo”, “Morte acidental de um anarquista”, “Não se paga não se paga”. (... ). Leia na integra no Expresso. 



A Cornucópia fez «Não se Paga! Não se Paga!»
Quem viu, não esqueceu.


Como podemos verificar, a propósito da peça no site da Cornucópia:

«Diz-se no programa de NÃO SE PAGA! NÃO SE PAGA! no Berliner Ensemble que Dario Fo se tornou “para muita gente de teatro de esquerda na figura simbólica do seu sonho não realizado: a ligação do teatro de massas e de qualidade, de agitação e divertimento, o teatro como forum da luta política”. Não sei se o nosso sonho terá sido ainda exactamente esse. Mas o que é certo é que, de facto, é exactamente nessa zona que desde sempre andaram as nossas dúvidas e as nossas tentativas, como aliás se passou com todos os “filhos” de Brecht. E é nos caminhos desse “sonho” que toda a carreira de Dario Fo se desenrola. É, de facto, com emoção que descobrimos na carreira paradigmática de Fo, autor, actor, encenador, director de companhia, quase todos os passos, quase todas as ilusões, das diferentes tentativas que na nossa terra e nas outras se têm vindo a fazer para “acertar” num teatro de esquerda, militante, revolucionário, que acima de tudo combata a cultura da burguesia que tanta e tanta coisa tem vindo a “estragar”. O recurso à tradição popular, a criação de novos espaços teatrais, a teatralização das lutas operárias, as tournées em circuitos paralelos, a “corrupção” da TV oficial, a colectivização do trabalho teatral, tudo isso que são os vários passos inquietos da vida de Fo, tudo isso não nos soa a nosso conhecido? Pegamos de facto no teatro de Fo com a emoção de quem toca no trabalho de um camarada e de um camarada de trabalho. Com a alegria de lutar contra um inimigo comum. Mas também com a admiração que se deve a quem nestas andanças tradicionalmente votadas à desilusão, conseguiu ser mestre, conseguiu, além do mais, ter sempre o êxito para que trabalhou, um mestre de estratégia nestas batalhas da produção teatral em terras do capital. Com o receio de quem toca em segredos que não sabemos e que não queremos “estragar”. Mas com a curiosidade de quem os quer conhecer».


quarta-feira, 12 de outubro de 2016

APOIOS ÀS ARTES | A previsibilidade pelas ruas da amargura ...

Na integra aqui.
                  (montagem)

Sobre o requerimento a  notícia  seguinte do Diário do Sul de 10 de outubro 2016:
 

Por exemplo, comparando o que está no Requerimento do PCP com o que é dito na  entrevista dada pelo Secretário de Estado da Cultura a que nos referimos aqui, parece  que nada bate com nada ...
Por outro lado, não deixa de ser curioso que para a mudança do sistema de apoios o «paradigma concurso» esteja sempre presente. Mais que não seja por uma questão de rigor intelectual: não há outras alternativas? O sistema não deveria ser diversificado?, assim a modo como nos outros países, e mesmo como já se passou no nosso, e dizem que com bons resultados. Claro, os «concursos» também têm o seus espaço. Verdadeiros concursos, obviamente.
Tudo baralhado, e voltando a dar: parece que estamos num molho de brócolos. Mas talvez não seja nada, e à portuguesa tudo se vai resolver... Falta saber a que preço. Mas isso são contas que ninguém faz ou quer fazer.  

 

«GESTÃO CULTURAL» E «GESTOR CULTURAL» | Debatidos na Conferência anual da ENCATC

Disponível aqui


Para quem não saiba ou não se lembre - nestes tempos de torrentes de informação e de siglas:   «encatc is the european network on cultural management and policy». site da encatc é este.É de sua responsabilidade, com a participação de outros, a conferência a que se refere a imagem e que teve lugar recentemente.
A conferência revela-se pela sua designação: «Cultural Management Education in Risk Societies - Towards a Paradigm and Policy Shift?!». E sobre o tema como se pode ver no site da conferência:

 «ABOUT THE THEME

Which knowledge, skills and attitudes are required nowadays to become a cultural manager that is able to respond to changes? Or do we need to look beyond the classical knowledge and competencies?
And how can we teach students also entrepreneurial skills, which are more characterized by risk-taking, dealing with uncertainty and unpredictability in a digitalized and globalized environment? And do the recent adaptations of several cultural management programmes to cultural entrepreneurship reflect a broader and deeper paradigm shift?».

Resumindo, a conferência anda em torno de «gestor cultural» e de «gestão cultural», e sobre os conhecimento e competências a considerar no processo educativo. Não se podendo dizer que aderimos  a estas categorias, encontramo-nos no conteúdo. E uma pergunta que colocamos desde há muito: qual o espaço das escolas de gestão - onde é suposto ensinar-se a ciência, as técnicas, e as boas práticas,  para a gestão das organizações - nestas questões levantadas na Conferência da ENCATC? Nestas coisas pensamos que não se ganha em colocar as Organizações da Cultura e das Artes num gueto. Têm a sua  especificidade?, têm, mas pensando bem, qual o setor que não a tem?
Ora, reflectindo estas coisas também estamos a reflectir, por exemplo, para se definirem os perfis  dos Dirigentes das organizações culturais das Administrações Públicas. E nestas circunstâncias lá voltamos a um seminário que teve lugar há bastante tempo, que era para ter desenvolvimentos, mas ... tal não aconteceu.


Mas o que lá foi dito, e de que há registo, continua atual.