domingo, 31 de janeiro de 2016

«17 + 1»



Desde logo, a brochura da imagem  levou-nos a este post anterior: A CULTURA NOS OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL .
Depois, sublinhemos que, a nosso ver, teria sido importante que nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)   se tivesse explicitado um para a CULTURA E AS ARTES, e é por isso que vimos a defender que se  trabalhe com a  expressão «17 + 1 » .Os dezassete objetivos fixados mais um para a cultura e as artes. Não é argumento dizer que a cultura está em em todos os objetivos porque todos estão em todos. De qualquer forma a brochura da imagem mostra como a cultura é transversal, olhando nessa ótica para cada um dos 17 objetivos.
Por fim, reencaminhar para uma intervenção do ex-Presidente Jorge Sampaio em torno desta matéria  - veja aqui - donde se pode concluir que não é o facto de não se ter «um objetivo»  especifico que impede que se trabalhe como se tal existisse. Estamos nessa,  daí os nossos «17 + 1».   Das suas palavras:
«(...)
Em relação ao conteúdo dos objetivos propriamente ditos desta nova Agenda, tenho apenas dois modestos reparos a fazer. O primeiro diz respeito à omissão do pilar da diversidade cultural, no desenvolvimento sustentável. Estava completamente ausente dos ODM e neste novo quadro, apesar de algumas referências dispersas a questões correlacionadas, continua a não ter qualquer função estruturante. Ora a meu ver, descurando-se o pilar da diversidade cultural, é o próprio motor do desenvolvimento sustentável que fica um pouco gripado. Porque é pela cultura que as relações sociais e as interações com o meio ambiente são, naturalmente, mediadas. Esta foi uma questão que, na minha qualidade de alto representante das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações, procurei trazer para o debate - embora já na altura da reunião do Rio+20 tenha ficado claro que a esfera cultural não figuraria nas prioridades. É pena que assim seja, mas isso não deve demover-nos de continuar a apostar na boa governação e na diversidade cultural, não só utilizando todos os “entry points” da Agenda 2030, como através de iniciativas complementares. (...)».

  Saiba mais.
















                                                                        

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

SOBRE O TEATRO POLÍTICO | «Not Just a Mirror. Looking for the Political Theatre of Today»


«Este livro é o primeiro de uma série, com periodicidade semestral, intitulada Performing Urgency, encomendada pela rede europeia House on Fire. Esta primeira publicação, Not Just a Mirror. Looking for the Political Theatre of Today, consiste de oito ensaios, duas entrevistas e 15 casos de estudo sobre o teatro político, e estuda as artes performativas enquanto laboratório político do presente.
Preço especial de lançamento: 10€ (até 31 janeiro)
livro: 14,90 € • à venda na bilheteira do Teatro Maria Matos
ebook: 9,99 € • www.alexander-verlag.com

O Teatro Maria Matos é fundador e coordenador da rede House on Fire, que junta 10 teatros e festivais europeus à volta de um projeto de reinvenção do teatro social e politicamente ativo.
House on Fire tem o apoio do Programa Cultura da União Europeia»





terça-feira, 26 de janeiro de 2016

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

E NA CULTURA ? (2)






Como se pode ler no Diário da República de hoje, a Resolução do Conselho de Ministros da imagem acima  parte, entre outros,  do seguinte pressuposto (destaque nosso):
«(...)
 De forma a evitar o vazio de respostas, com graves implicações e prejuízos para todos os que neles estão envolvidos, quer sejam as entidades quer sejam, e acima de tudo, os destinatários finais deste programa, torna -se necessária a criação de uma medida temporária de apoio específico, que assegure a proteção dos direitos das pessoas com deficiência e incapacidade, até que a tipologia de operação em causa do POISE, POR Lisboa e POR Algarve se encontre devidamente efetivada.(...)». Leia mais.
E a pergunta aqui fica: na Cultura não haverá situações que exigem medidas imediatas em paralelo com a construção de soluções de fundo? Há, então, como dizemos, a prioridade  é  «Reconhecer que a situação é a da urgência». 

E NA CULTURA ? (1)

Ver notícia aqui.

























Olha-se para a notícia da imagem e todos nos lembraremos das convulsões existentes  na esfera da Fundação da Ciência e Tecnologia no Governo anterior. Com a entrada em funções do novo executivo aconteceu o óbvio em curto tempo: assumiu-se que há um problema e agiu-se em conformidade, o que para já, independentemente do que vier a seguir,  é de aplaudir. Não há nada equivalente no Ministério da Cultura ? Então, de que se está à espera !  Tanta lentidão começa a exasperar ...

sábado, 23 de janeiro de 2016

A CULTURA NA ORGÂNICA DO GOVERNO | Quem fica com o quê ...

Na integra aqui


Como já tínhamos visto em post anterior a lei orgânica do Governo mostra-nos o universo CULTURA, listando os organismos  que o integra, e que lembramos na imagem acima. Ontem  no DR por uma delegação de competências do Ministro passamos a saber o que fica sob a orientação da Secretária de Estado da Cultura (claro, a delegação não retira a responsabilidade ao Ministro):


Leia na integra.

 Sobre a Secretária de Estado da Cultura veja no Portal do Governo.


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

MINISTÉRIO DA CULTURA | «estabelecer prioridades»

JM - 16-01-2016

Por aqui, pelo ELITÁRIO PARA TODOS,  têm-se algumas ideias sobre as prioridades, por exemplo, acolhe-se a seguinte:


     «  Reconhecer que a situação é a da urgência, que houve destruição daquele pouco que estruturava um mínimo serviço público artístico no país e que portanto se promovam repostas de correcção a essa destruição que não esperem pelos tempos concursivos e pelo ramerrame das lógicas burocráticas sempre desqualificadoras de tudo quando operam em substituição simuladora do que deveria ser transparente, essencial e democrático».


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Nuno Teotónio Pereira


Nuno Teotónio Pereira morreu. Nesta data triste,  divulgamos o  video que regista as suas palavras  na homenagem que lhe foi  feita em Fevereiro de 2011. Estivemos lá, e lembramos um  momento  bonito, intenso, e com muita gente ...

Talvez  a alguém interesse a seguinte informação:
«Velório amanhã, 5ªf, a partir das 16h30, na igreja do Sagrado Coração de Jesus (entrada pela rua de Santa Marta). Funeral na 6ªf, com saída às 13:30, para o cemitério do Lumiar».

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

AS EXCEPÇÕES


À partida nada nos move contra as excepções que se possam introduzir na Lei  50/2012 de 31 de Agosto que «Aprova o regime jurídico da atividade empresarial local e das participações locais» - ver aqui . A nossa questão é prévia e está relacionada com a circunstância em que se deve optar por «empresa» em confronto com as outras alternativas. Naturalmente que não nos satisfazem justificações como a que decorre desta passagem do artigo: «Também o Bloco de Esquerda anunciou, no final da semana, a intenção de propor uma alteração legal no sentido de excluir as empresas municipais do sector cultural das obrigações que constam daquele diploma. O principal argumento dos deputados bloquistas prende-se com a diferença de tratamento entre os teatros municipais e os teatros nacionais que “geram receitas próprias que cobrem apenas 7% a 10% dos gastos totais”, ao contrário do mínimo de 50% exigido às estruturas culturais geridas por empresas municipais. Além de “profundamente discriminatória”, esta “dualidade de critérios” acentua ainda mais "discriminação no acesso cultural entre as populações das grandes áreas metropolitanas e as do restante território nacional", lê-se na proposta». Ora, para essa situação «de privilégio» dos Teatros Nacionais, há quem mostre que a sua figura institucional não será a que mais se lhes adequa. (veja-se, por exemplo, artigo recente  de RVN).
Embora sem ter diretamente a ver com o assunto (ou talvez tenha demais), lembramos o livro da imagem seguinte:


E duma edição brasileira:   «Este livro desmascara o mito do Estado como um paquiderme burocrático, sem mobilidade e ineficiente como gestor de negócios. Para muitos, o Estado deveria apenas corrigir as “falhas de mercado", deixando a inovação e o empreendedorismo para o dinâmico setor privado. No entanto, dos produtos mais inovadores da Apple até as chamadas tecnologias “limpas", passando pela indústria farmacêutica, Mariana Mazzucato mostra que o setor privado só aposta depois de o Estado empreendedor ter feito todos os investimentos mais ousados e de maiores riscos. Trata-se de um livro imprescindível para o entendimento e a discussão sobre os rumos do capitalismo contemporâneo. O Estado Empreendedor foi recentemente indicado na Alemanha para o importante prêmio de livro do ano em finanças e economia, Wirtschaftsbuchpreis 2014. A Professora Mazzucato foi a primeira laureada com o prêmio SPERI Prize em economia política, concedido pela revista New Statesman a cada dois anos para o acadêmico que nos dois ou três anos precedentes tenha se destacado e sido bem-sucedido na disseminação para uma ampla audiência de ideias originais e críticas em economia política». Veja aqui. E neste endereço, na edição em inglês, em 2013. 

Voltando à vida doméstica, estes problemas não podem deixar de nos lembrar tempos passados de «apoios comunitários aos Teatros», na senda da rede que nunca foi criada,  em que certamente houve pareceres que asseguravam a viabilidade económica-financeira dos mesmos. Isso era exigido pelos regulamentos.  Pois é, não vale a pena tapar o sol com a peneira.  Mais do que excepcionar isto ou aquilo, estude-se a matéria na sua globalidade e em torno do SERVIÇO PÚBLICO NA CULTURA E NAS ARTES, procurando-se alternativas de soluções que atinjam os mesmos objetivos ao menor custo . E duvide-se sempre da falta de alternativas!

domingo, 17 de janeiro de 2016

«WORLD ECONOMIC FORUM 2016 | Arts and Culture»



«A community of more than 40 cultural leaders is participating in the Annual Meeting 2016 in Davos to contribute to shaping the global agenda».


da.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

RUI VIEIRA NERY | «A cultura em estado de emergência»


Leia no Público de 15 de janeiro 2016: aqui online


«A Cultura merece e exige uma discriminação positiva que lhe garanta a capacidade de sobrevivência a curto prazo, através de medidas de urgência de reestruturação orgânica já nos próximos meses».



quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

AS REALIDADES ESCONDIDAS

Artigo de Valdemar Cruz
  disponível online.


Do artigo a que se refere a imagem, a seguir uma passagem que destacamos porque lhe vemos um lado  que pode ser generalizado, para além do Porto. Em particular, perceber a realidade é mesmo o principio de tudo, em qualquer parte do mundo. Sem isso não há «revoluções», e lembro-me de conversas à volta destas coisas com Paulo Cunha e Silva. E quase sempre aparecia  uma frase que nos era muito cara: «só a verdade é revolucionária».  

«(...)
Antes de Paulo, o Porto viveu um período de seca extrema do ponto de vista cultural em resultado das opções políticas de Rui Rio para esta área. Rio, percebeu-se depois, não venceu. O que é hoje apresentado como uma grande vitória de Paulo Cunha e Silva só o é graças a uma subterrânea resistência cultural, mantida mesmo nos anos de chumbo. O mérito do novo vereador foi o de ter percebido essa realidade escondida, tê-la potenciado e ter aberto novos caminhos e novas possibilidades.
Muitos terão ficado, ao longo dos anos, abalados com o desejo, afinal frustrado, de construir um deserto de ideias. Quem o tentou não conhecia o Porto e a ancestral resiliência de quem faz a cidade.

Paulo fazia parte dessa cidade outra, alheia ao tacanho, à vidinha simples, à conformação com as certezas adquiridas. Por isso, não há um antes e um depois de Paulo. Há uma cidade empenhada e disponível para assumir a cultura como um estratégico fator de identidade e diferenciação. É um caminho sem retorno».


segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

A CULTURA E AS INDÚSTRIAS A ELA ASSOCIADAS



Da apresentação da Diretora-Geral da UNESCO:
«(...)
But that is not all there is to it. For unlocking the potential of the cultural and creative industries also means promoting the overall creativity of societies, affirming the distinctive identities of the places where it flourishes
 and clusters, improving the quality of life and providing resources for imagining diverse new futures. 
In other words, in addition to its economic benefits, the cultural and creative industries generate nonmonetary value that contribute significantly to achieving peoplecentered, inclusive and sustainable development.(...)».

E a propósito deste estudo o artigo seguinte  de José Jorge Letria no jornal Público de hoje:



Disponível online

Um destaque do artigo de José Jorge Letria:
«(...)
Sejam quais forem as tecnologias utilizadas, num tempo em que é conhecida a sua importância crescente na nossa vida quotidiana, a cultura e as indústrias a ela associadas estão a transformar a relação das comunidades com o futuro. A UNESCO tem consciência de que assim é e reconhece as vantagens da excelência deste contributo, que amplia os benefícios sem nenhum dos riscos colaterais de que muitos factores de desenvolvimento não são dissociáveis. Países que atribuem uma importância estratégica crescente à música, ao cinema, à literatura, ao teatro ou à dança têm populações mais cultas e mais críticas e índices mais amplos de expectactiva em relação ao que o futuro poderá ser em termos económicos, sociais e também políticos. A actividade cultural fortalece o nível das participação dos cidadãos na gestão do bem comum. Assim, poderá dizer-se que a cultura torna mais sólido o interesse no esforço global que tudo transforma e qualifica. (...)».

DAVID BOWIE




Também nós queremos lembrar David Bowie, com um filme fabuloso em participou, e   através de uma das suas passagens por Lisboa de que nos lembramos bem porque  estivemos lá, no Estádio José de Alvalade. 




sábado, 9 de janeiro de 2016

DO MINISTÉRIOA DA CULTURA | «a ajuda divina»



O Ministro da Cultura no Museu Grão Vasco | Leia a notícia no jornal Observador: aqui


E talvez tenha chegado o momento de se traduzir por miudos o que a passagem seguinte do Programa do Governo significa (os destaques são nossos): 
  « (...)
 No campo específico do setor público da Cultura o governo assume como prioridades: reestruturar o setor, dotando-o de modelos orgânicos flexíveis e eficazes adequados à especificidade da sua missão; desconcentrar as competências de tutela patrimonial e de apoio à criação; estimular o trabalho em rede entre Administração Central e Local e entre os agentes públicos e a sociedade civil; e redefinir as regras e procedimentos de concessão de apoios. Para tal, será reestabelecida uma tutela ativa e consistente que se possa afirmar como parceiro e dinamizador desse esforço coletivo e como interlocutor credível dos produtores e criadores. Esta prioridade política implica um compromisso de consolidação progressiva, ao longo da legislatura, dos meios orçamentais atribuídos ao setor da Cultura, mas também a implantação de mecanismos de gestão integrada dos recursos financeiros das demais áreas governativas com incidência no setor e a otimização do uso dos fundos comunitários disponíveis para este efeito». - Página 198 que pode ler aqui.


sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

DO MINISTÉRIO DA CULTURA


 .
.     . 

Uma maneira de acompanhar a atividade do Governo será pela comunicação social, e pela comunicação institucional, daí que tenhamos sistematizado umas noticias,  encontradas, mais ou menos, sem procurar, e que registamos na imagem acima. E para quem está menos familiarizado com estas coisas, lembramos o PORTAL DO GOVERNO onde  podemos ler  sobre a cultura como relativamente a outras áreas. Uma recente é sobre a «modernização administrativa do Estado», e lá está prevista a «Volta Nacional Simplex» - e esta ! -   que a cultura  parece antecipar. Criar um novo «élan», e popular, é  útil, mas não chega ... Bom, mas isso todos sabemos. 































































quarta-feira, 6 de janeiro de 2016