segunda-feira, 29 de setembro de 2014

CULTURA 2020 ?



A Publicação MAIS TMJ
Teatro Municipal Joaquim Benite 
é separata do Semanário EXPRESSO
desta semana


sábado, 27 de setembro de 2014

PAGADORES DE PROMESSAS | «Os estudos»


Já lá vai um tempo desde a última vez que aqui no Elitário Para Todos nos referimos aos estudos encomendados pelo Secretário de Estado da Cultura. Foi com este post:
Mas já há mais, como se pode verificar no site do GEPAC: 

  • 23 JUNHO - “Fundos Estruturais e Cultura no período 2000-2020”
  •  23 JUNHO  - “Mapear os recursos, levantamento da legislação, caracterização dos atores, comparação internacional”
  •  27 JUNHO -   “Cooperação Territorial Europeia e Cultura”
  •  27 JUNHO - “Cultura, Formação e Cidadania”
  • 27 JUNHO -  “Património e Território”.
Falta «E-Coesão».

 Ao acaso algumas das recomendações que aparecem nos estudos, na circunstância no “Mapear os recursos, levantamento da legislação, caracterização dos atores, comparação internacional”:
 «-  Implementação de um sistema de informação para a produção de informação estatística para a Cultura, a par da constituição de um grupo de trabalho dotado de meios organizativos e competências técnicas adequados;
- Realização de um inquérito às práticas culturais da população à escala nacional, à semelhança do que sucede regularmente noutros países europeus;
- Elaboração de uma cartografia cultural do país, com base num levantamento mais exaustivo dos equipamentos públicos e privados com fins e/ou usos culturais existentes no território nacional;
- Criação de uma base de dados informática sobre a legislação do setor cultural;
-  Elaboração de um estudo sobre o mecenato cultural, que atualize o diagnóstico realizado em 1998;
- Promoção da mobilidade de artistas e profissionais da Cultura no espaço europeu e noutros territórios, designadamente potenciando programas como o da Direção-Geral das Artes ou agências como a Portugal Music Export;
- Promover e apoiar estratégias assentes na utilização de meios digitais de acesso a conteúdos culturais, cujo crescimento é uma das principais tendências observadas na última década;
-  Incentivo a programas de promoção da participação cultural e de ligação entre associativismo e cultura popular, como meio de envolvimento das populações, dada a relevância do terceiro setor na Cultura e a resiliência de formas de cultura popular e associativismo cultural ou ainda a multiplicidade de equipamentos culturais dispersos pelo território;
-  Estímulo a decisões e orientações públicas planeadas para uma atuação concertada com a envolvente regional;
- Prosseguir, consolidar e diversificar a intervenção da tutela conjunta da Cultura em articulação com outras áreas de governação. Requer-se ainda uma particular atenção à conjugação de esforços com os órgãos responsáveis pelas políticas públicas dirigidas à juventude».
Interrogamo-nos: mas estas recomendações não têm, na generalidade, a ver com as atribuições e competências de organismos? Significa isso que não estão a fazer aquilo que é a sua razão de ser? Por outro lado, de acordo com o que se sabe pela comunicação social, muito do que se recomenda está criado, nomeadamente no que diz respeito aos sistemas de informação...  (veja, por exemplo, este post). E será que nos serviços  recomendações como estas já não foram feitas pelos seus técnicos? E mesmo estudos dos que são propostos, será que não há nada ?
Até se justificaria para cada uma das recomendações fazer um inventário do que existe ...

Resumindo, temos os estudos, precisamos de saber qual o balanço que foi feito sobre a sua utilidade, e qual o uso que vão ter, e esclarecer, e voltar a esclarecer ... Transparência é assim.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

«ESTAÇÃO 2012» | Apresentação | 26 set 2014 | Sala Estúdio do Teatro da Rainha



«Um dado demográfico é o ponto de partida de Estação 2012 – o “número de emigrantes em 2012 foi superior ao total de nascimentos”.
Os poemas de Estação 2012 apropriam-se do nome de estações ferroviárias, lugares de partida e chegada, verdadeiros pontos de evasão: “procurar na distância outra forma de solidão / talvez convencido de que longe de tudo / poderei vir a sentir falta do que já tenho.”
O autor
Henrique Manuel Bento Fialho nasceu em 1974. Licenciado em Filosofia, tem diversos títulos publicados, como “Entre o dia e a noite há sempre um sol que se põe” (2000), “Antologia do Esquecimento” (2003), “Estórias Domésticas & Outros Problemas” (2006), “O Meu Cinzeiro Azul” (2007), “Estranhas Criaturas” (2010), “A Dança das Feridas” (2011), “Rogil” (2012), “Suicidas” (2013) e “Call Center” (2014)».



segunda-feira, 22 de setembro de 2014

CONFERÊNCIA | «Patrimonio Culturale come Bene Comune: verso una governance partecipata nel terzo millennio»






Está a decorrer a Presidência Italiana da EU: o site. Nos próximos dias - 23 e 24 de SETEMBRO - vai ter lugar a conferência internacional «Patrimonio Culturale come Bene Comune: verso una governance partecipata nel terzo millennio» - veja aqui. Lá pode ler-se:

 «Il 23 e 24 settembre nella Chiesa di Sant’Uberto presso la Reggia di Venaria Reale, vicino Torino, si svolge la conferenza internazionale Patrimonio Culturale come Bene Comune: verso una governance partecipata nel terzo millennio. Si tratta di un evento che rientra tra gli incontri del Semestre di Presidenza italiano a cui partecipano rappresentanti delle istituzioni europee, il ministro dei Beni culturali italiano Dario Franceschini, docenti ed esperti internazionali del settore.  
Il focus è rivolto alla valorizzazione del patrimonio come risorsa collettiva e quindi alla necessità di identificare politiche trasversali che consentano al contesto culturale di far raggiungere obiettivi in differenti aree.
I lavori dei due giorni sono suddivisi in cinque differenti sessioni: Il patrimonio come bene comune; identità comunitaria come motore di benessere e prosperità; modelli avanzati di governance del patrimonio culturale; gestione del patrimonio nelle città; tecnologia digitale come supporto delle nuove strade del patrimonio culturale».

Diretamente para o PROGRAMA: neste endereço.



sábado, 20 de setembro de 2014

TIPO PAGADORES DE PROMESSAS | Os dirigentes por nomear para a área da cultura da Presidência do Conselho de Ministros





Vamos iniciar como que uma nova secção aqui no Elitário Para Todos: PAGADORES DE PROMESSAS. Expliquemos: o governo tem que prestar contas, e na área da Cultura da Presidência do Conselho de Ministros há muito a fazer neste domínio. Partimos do principio que por razões várias não fazem o que deviam, nomeadamente monitorar o que prometeram, em muitas circunstâncias não estando deste modo em linha com o que está «na lei». Ilustremos: persistem casos de falta de nomeação de dirigentes de acordo com o novo sistema. Nesta situação a DGARTES. Fazemos por eles, e damos espaço ao que se vai ouvindo no terreno,  e não vamos deixar cair no esquecimento: afinal o que se passa? O que se foi sabendo pela comunicação social não convence, e parece que só visaram a DGARTES, não havendo explicação para o resto. O nosso último post sobre este folhetim é o indicado na imagem. Passe por lá para pegar no fio da meada.


domingo, 14 de setembro de 2014

«CRÍTICA DA RAZÃO IMPURA | Esta ‘crise’ é civilizacional. O período à nossa frente é de luta sem quartel.»

 

A não perder Crítica da razão impura, artigo de opinião  de João Caraça, no jornal Público, de 12 de setembro, disponível online. O endereço. Em dado momento:
«(...)
No continente europeu apenas os russos e os franceses possuem um poder nuclear autónomo (estes, graças ao general de Gaulle); o resto ‘repousa’ maioritariamente sob a égide da aliança atlântica ou mesmo na existência de bases militares americanas, como acontece em solo alemão. Mas o mundo não pára - talvez nesta perspectiva melhor se percebam os porquês da questão nuclear iraniana e porventura se entenda como a guerra no Médio Oriente traz um tão perigoso potencial de disrupção.
Creio que o capitalismo como sistema histórico encontrou o seu fim (o que não quer dizer que desapareça de hoje para amanhã) e que Francis Fukuyama se enganou redondamente ao não qualificar o seu “fim da história” como “o fim da história moderna”. A acumulação (pretensamente) infinita de capital financeiro intangível já não engana nem seduz ninguém – é apenas mais um Eldorado estafado cujos destroços atravancam o caminho do futuro. Futuro esse que aos olhos de hoje parece tão incerto e complexo como o ‘Destino’ que assombrava as mentes dos nossos antepassados de Quinhentos. A crise revela apenas a transição; a complexidade traduz a magnitude da transformação. Esta ‘crise’ é civilizacional. O período à nossa frente é de luta sem quartel. Há que estar equipados, intelectual, material e fisicamente para a travar.
No meio disto tudo, quem eram os Espírito Santos? Ninguém, tal como o romeiro da célebre peça de Almeida Garrett. Uns desenraizados, vivendo (estes sim) acima das suas possibilidades, apenas porque nos anos 1980 a CIA e um ex-embaixador americano entenderam que o governo português devia trazer uns cacos das antigas elites financeiras da paróquia para legitimar a reprivatização da banca. Sem controlo de qualidade. Claro que ia dar asneira. Uma má educação sai sempre cara.
O que poderemos então antever? O século XVII viu o aparecimento da ciência moderna – e todo um mundo novo começou a fazer sentido. Assim esperemos que aconteça, no decurso mais ou menos longínquo deste século. Só podemos aspirar a que a bifurcação por onde estamos a enveredar seja a de uma nova ciência e a de uma nova educação que nos voltem a encantar com o que descobrirmos no universo e na vida».

 

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

«CAPITALISMO ESTÉTICO NA ERA DA GLOBALIZAÇÃO»

 
 
O CAPITALISMO ESTÉTICO NA ERA DA GLOBALIZAÇÃO
 de Gilles Lipovetsky e Jean Serroy
 
«O estilo, a beleza, a mobilização do gosto e das sensibilidades impõem-se a cada dia que passa como imperativos estratégicos das marcas: o capitalismo do hiperconsumo é um modo de produção estética.
As indústrias de consumo, o design, a moda, a publicidade, a decoração, o cinema criam, de forma massificada, produtos plenos de sedução, tentando assim veicular afectos e sensibilidade, num universo estético heterogéneo que vai proliferando. E o real vai-se construindo como uma imagem com dimensão estética, que se tornou cada vez mais importante na concorrência entre as marcas globais.
É isto o capitalismo artístico, que se caracteriza pelo peso crescente das experiências e sensações, por um trabalho sistemático e estilização dos bens e dos locais comerciais, pela integração generalizada da arte, do visual e do afecto na esfera do consumo. Ao criar uma paisagem económica caótica a nível mundial estilizando o universo do quotidiano, «o capitalismo é menos um ogre que devora os seus próprios filhos do que um Jano de duas faces». +
 
 

terça-feira, 9 de setembro de 2014

ASSIM VAI A CULTURA | Carta Aberta do Teatro Plástico





«O Teatro Plástico, do Porto, considerou hoje estar a ser vítima de uma "inadmissível perseguição política e tentativa de extermínio" por parte do Governo

O Teatro Plástico foi, "pelo terceiro ano consecutivo, excluído de quaisquer financiamentos públicos à atividade teatral", refere a companhia numa carta aberta em que considera "hipócritas" as justificações oficiais dadas pela Direção-Geral das Artes para a decisão.
"É necessário e importante registar e denunciar que o organismo público português responsável pelo fomento às artes (Direção-Geral das Artes), anteriormente dirigido pelo atual Secretário de Estado da Cultura Jorge Barreto Xavier, é precisamente aquele que, neste momento, é responsável pelo ataque e tentativa de extinção administrativa de grupos teatrais independentes, companhias históricas e festivais, particularmente as estruturas mais críticas, não-alinhadas e contestatárias da atual política cultural", afirma o Teatro Plástico».
Continue a ler no Diário Digital.

domingo, 7 de setembro de 2014

CAMANÉ | hoje na Festa do Avante

 
Camané
Festa do Avante - 7, Domingo, 21:30

Entretanto:


 

«Há partes da nossa vida que o mercado não pode preencher»

 

«Suecos decepcionados com sistema de educação
(...)
Nos primeiros anos, as boas classificações pareciam corroborar a teoria sueca em como a concorrência de mercado é a melhor forma de melhorar os resultados, atraindo numerosas empresas para o mercado. No entanto, à medida que o número de ‘friskola’ aumentava, a confiança da Suécia nas escolas com fins lucrativos diminuía.
Os suecos sempre ocuparam os lugares cimeiros nos ‘rankings’ da Educação, mas os mais recentes resultados do Pisa, o programa de avaliação de alunos da OCDE, mostram uma queda significativa nos domínios da leitura, matemática e ciência para um lugar muito abaixo da média no caso das nações desenvolvidas. Os escândalos nas escolas geridas por empresas, a somar aos maus resultados, chocaram a opinião pública e colocaram o modelo com fins lucrativos – que também se estende à assistência social e aos cuidados de saúde – no topo da agenda das eleições legislativas de Outubro.

(...)». Leia na integra no Diário Económico.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

ASSIM VAI A CULTURA | Coliseu do Porto sem Direcção

 


«Os concertos Promenade, uma das mais conhecidas iniciativas de divulgação de música erudita levadas a cabo pelo Coliseu do Porto, estão suspensos. A nova temporada, que recomeçaria este mês, só acontecerá se forem resolvidos os problemas de financiamento desta casa de espectáculos gerida pela associação “Amigos do Coliseu”. Mas esta ficou, desde o fim de tarde desta quarta-feira, sem órgãos sociais, após a renúncia, com efeitos imediatos, de todos os seus membros». Continue a ler no Público online.