quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

EUROPA CRIATIVA | Candidaturas


Expresso | EMPREGO | 25 janeiro 2014 
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«All Calls for Proposals under Creative Europe are now online»: veja aqui.




PETE SEEGER

 
 

 
 
Pete Seeger morreu. Em jeito de homenagem, «Where Have All The Flowers Gone». E este trabalho do jornal i onde se pode ler: «(...)Os 90 anos do músico foram celebrados no Madison Square Garden, em Nova Iorque, com um concerto em que Bruce Springsteen o apresentou como "um arquivo vivo da música americana e da sua consciência, um testemunho do poder da música e da cultura"».


 

domingo, 26 de janeiro de 2014

CONCURSOS PARA DIRIGENTES NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA | Será que o rei vai nu ?

Neste blogue temos comentado os concursos para dirigentes na Administração Pública, em particular para os organismos da cultura, e não só os que se referem aos dirigentes superiores, ou seja, de 1.º nível, mas também aos de 2.º nível. E só pelo que vai acontecendo  neste setor dá para perceber que alguma coisa não está a funcionar. Lembremos,  por exemplo, a maneira como se recorreu ao regime de substituição. E sempre fomos dizendo que era bem capaz de tudo ser legal, e que tudo estava a ser feito às claras. Enfim, tudo ou quase tudo está no  Diário da República, e quem dominar o sistema acaba por ver as coisas ..., e ter dúvidas. Mas tanto quanto sabemos há reclamações a decorrer ... e mais tarde ou mais cedo a verdade será apurada. Entretanto, eis que a questão dos concursos vem para as primeiras páginas dos jornais, e até que enfim o assunto é capaz de ter o debate que merece, e antecipamos que  no fim não teremos motivos para satisfações. Primeiro com o sistema, depois com casos particulares que certamente engrossarão a indignação de portugueses face à coisa pública. Ilustremos:


Veja a notícia aqui.

Convenhamos, estragar «arranjinhos» é capaz de não ser algo muito exaltante para um sistema, para uma comissão. Não deveria ser qualquer coisa como ATRAIR OS MELHORES! E pelo que se sabe, pelo menos dos melhores não se candidatam. 
E pelo que se leu, apenas se detetam erros grosseiros nos perfis. Ora, haverá quem tenha a habilidade suficiente para levar a água ao seu moinho sem que isso seja óbvio.
Por outro lado,  neste momento em que tanto se discutem as funções do Estado, e muitos apontam a irracionalidade que presidiu ao PREMAC, quais serão as coordenadas que se seguem no desenho dos perfis? É capaz de se estar a fazer uma reforma da Administração Pública por esta via. A condicionar o futuro.
E é muito dificil seguir os CONCURSOS - saber do ponto de situação de todos e de cada um em particular.
Exemplifiquemos para algumas destas matérias com situações  que se passam na cultura:

- Diretor- Geral para a Direção-geral das Artes: onde é que ficamos a saber que a CRESAP não conseguiu identificar três candidatos para submeter  à escolha do Secretário de Estado da Cultura ? E será que houve reclamações face a este resultado por parte de candidatos? Qual é o calendário que se segue?

- Também para a Direção-geral das Artes, em algum momento no site da CRESAP foram indicados os três candidatos selecionados para Subdiretor-geral. E quando é que acaba o processo? Também para esta situação, houve reclamações?

- No site da CRESAP ainda há pouco se via o Perfil para a Direção-Geral do Livro, do Arquivo e das Bibliotecas, e era ineressante, por exemplo, ver a área de formação preferencial: Linguas e Literatura, Filosofia, História, Arquivo e Documentação. Admitindo que não haverá muitos candidatos que tenham duas ou mais destas licenciaturas, algo ficará a descoberto. Por outro lado, aquela Carta de Missão (como aliás muitas outras para que nos têm chamadao a atenção) são mais uma relação de atribuções e competências do que aquilo que se pretende com uma carta de missão ... Será que a CRESAP não deu por isso ! Mas bastaria comparar com as Breves Recomendações Para a Elaboração da Carta de Missão disponível na internet.

Por fim, por agora, repare-se no número de concursos que estão por abrir,   em geral. Atente-se na instabilidade que marca a vida dos serviços da cultura, em particular:  dos que estão,  já se sabe que uns não vão ficar porque não se candidataram por vontade própria ou porque não puderam. E os novos, salvo raras expeções, ainda estão a caminho ...  mesmo que fiquem os que já lá estão. Quanto tempo é que tudo isto vai  demorar ? Não se sabe. Mas a TRANSPARÊNCIA enche a boca de todos: dos que a pedem e dos que  têm de a garantir ! E quanto à estabilidade e motivação para gerir, estamos conversados. Num momento em que a turbulência marca a nossa vida coletiva, os concursos correm serenamente como se  estivessemos na maior das normalidades !
Um leitor chamou-nos a atenção para o post Vivemos Tempos do Diabo, sobre estas matérias, no Blogue Portugal dos Pequeninos, e é de ler,  contribui para não simplificarmos o que é complexo.
Rematando, como se vê, a questão dos concursos está para lá do que se ouviu hoje num programa da rádio, mais ou menos isto: «Os boys continuam a existir mas há uma comissão que lhes está a contrariar a vida». É importante mas é pouco. O problema é maior.
 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

«DIVERGÊNCIAS TÉCNICAS»



Como foi divulgado pela comunicação social, a  responsável pela Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC - Isabel Cordeiro  - vai deixar o lugar. Pode ler-se no Público online: Isabel Cordeiro deixa direcção do Património devido a “divergências profundas” de estratégia. E noutro artigo sobre o mesmo assunto - Barreto Xavier considera "não oportunas" declarações da directora-geral do Património Cultural - a seguinte passagem: 
 «(...)
As divergências são exclusivamente de
 ordem técnica e têm a ver com aquilo que entendo
 serem as competências da DGPC e as suas linhas de actuação". (...)».

Pois bem, quando se está num lugar de dirigente e há divergências a solução é esta, ou seja, abdica-se do cargo. Mas que  atitude tomar quando a divergência se passa com os técnicos? O Elitário Para Todos sabe que trabalhadores de Organismos da Cultura estão a contactar os seus sindicatos para serem aconselhados sobre a melhor forma de manifestarem as suas divergências técnicas mas não serem penalizados por isso. Afinal uma situação que para quem está de fora parece natural, no terreno não será assim tão fácil de enfrentar. Aqui está um assunto que certamente iremos acompanhar, assim nos  façam chegar informação. E talvez algum orgão de comunicação social queira pegar nesta matéria ... e investigar se há casos em concreto ... .


 

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

COLÓQUIO | Criar em Português. O que pode uma língua ? | GULBENKIAN





Colóquio 

Criar em Português. O que pode uma língua?  

 Segunda e terça  27 e 28 jan 2014  Das 09:30 às 18:00

Gulbenkian | Auditório 2 



«O que as artes podem fazer em português que não fariam em inglês (e vice-versa)? Como afirmar e defender o Português num contexto hostil de globalização? Como é que as diferentes linguagens artísticas se apropriam do Português e o recriam?
Ao fim de dois dias, este colóquio pretende saber mais sobre as experiências, dificuldades, descobertas e expectativas de quem usa e estuda a língua portuguesa e sabe o que ela tem de único, de virtuoso e de virtualidade.
Mais do que um colóquio, um encontro, em que a coloquialidade é bem-vinda. As três pessoas que falam em cada mesa são no final interpeladas pelas outras três do mesmo painel; depois do intervalo, trocam de posições. Na noite do primeiro dia, um espetáculo reunirá parte dos intervenientes, na afirmação e exploração cruzada da nossa língua e das suas variações».

Dia 27, segunda-feira

9:15 | Abertura por Eduardo Marçal Grilo, Rui Vieira Nery e Paulo Filipe Monteiro

9:30 - 13:00 | Música Rui Vieira Nery (moderador)
José Miguel Wisnik, Luís Tinoco, Aexandre Delgado, Tiago Torres da Silva, Ângelo César (Boss AC), Pedro da Silva Martins


14:30 - 18:00 | Criação Literária António M. Feijó (moderador)
Nuno Artur Silva, Mário de Carvalho, Golgona Anghel, Germano Almeida, Tatiana Salem Lévy, Richard Zenith


21:00 | Espetáculo com José Manuel Wisnik e Arthur Nestrovski (escadaria do hall da Zona de Congressos)
Dia 28, terça-feira

9:30 - 13:00 | Teatro, Cinema, Dança Paulo Filipe Monteiro (moderador)
Fernanda Lapa, João Garcia Miguel, Vera San Payo Lemos, Maria José Fazenda, Vasco Pimentel, Ruben Alves


14:30 - 17:30 | Saber, programar António Pinto Ribeiro (moderador)
Ivo Castro, Clara Nunes Correia, João Costa, Armando Valente, José Luís Ferreira, Carlos Martins


17:30 - 18:00 | Debate Final


PELA SUSPENSÃO DO LEILÃO DA COLEÇÃO MIRÓ DO BPN | Hoje Protesto em Alfama



Uma das obras a ser leiloadas: Femmes et oiseaux (Mulheres e pássaros) (1968)
Christie's Images 


«(...)
Se dúvidas pudessem existir, o PSD e o CDS esclareceram esta terça-feira à tarde na Comissão de Educação, Ciência e Cultura que não está em cima da mesa a possibilidade de o leilão desta importante colecção de pinturas, desenhos, colagens e guaches do surrealista Joan Miró poder vir a ser suspenso. Numa discussão acesa e entre algumas trocas de acusações, a deputada do PSD, Isilda Aguincha, e a deputada do CDS, Inês Teotónio Pereira, defenderam de igual forma que o dinheiro que se conseguir com o leilão ajudará a tapar o “buraco” do BPN, sem que este seja um encargo para os contribuintes. Não existindo assim um motivo para que a venda das obras não aconteça. (...)». Leia mais no Público online nomeadamente (destaques nossos):

«Entretanto, a petição Manutenção em Portugal das obras de Miró (do património BPN), lançada há pouco mais de uma semana por Carlos Cabral Nunes, director da Perve Galeria e da Casa da Liberdade – Mário Cesariny, e que pede exactamente a anulação da venda, já foi assinada, até agora, por mais de 6200 pessoas. Para esta quarta-feira à tarde está agendado ainda um protesto, na Casa da Liberdade, em Alfama, Lisboa, que pretende reunir artistas, académicos e público na defesa por estas obras».



domingo, 12 de janeiro de 2014

GULBENKIAN | Concursos de apoio ao desenvolvimento das artes performativas e da língua e cultura portuguesas

 


«O Programa Gulbenkian de Língua e Cultura Portuguesas abre quatro novos concursos de apoio ao desenvolvimento das artes performativas e da língua e cultura portuguesas, a pensar na internacionalização, inovação e experimentação artística, científica e pedagógica»
Calendário
Criação nas áreas do Cinema, Dança e Teatro
Até 31 de janeiro
Internacionalização nas áreas de Dança e Teatro
De 1 a 28 de fevereiro
Investigação nos domínios da Língua e da Cultura Portuguesas
De 1 a 31 de março
Congressos nos domínios da Língua e Cultura Portuguesas
De 1 a 30 de abril


DA CULTURA EM FRANÇA




Saber do que vai acontecer num País na esfera da Cultura enquanto serviço público parece ser uma boa prática. Pois bem, para França é ir a web. Por exemplo, aqui.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

SUSPENSÃO DA ALIENAÇÃO DE 85 OBRAS DE MIRÓ | Iniciativa Parlamentar do PCP | Petição Pública | Depoimentos




« (...)
O Estado Português é titular de 85 obras de Joan Miró que foram adquiridas com o esforço dos portugueses, nomeadamente através do processo de nacionalização do Banco Português de Negócios. Essas obras constituem um conjunto de grande valor e integram um património que foi obtido através de uma nacionalização que significou importante despesa, até aqui não compensada de forma alguma pelas operações subsequentes em torno do BPN. Agora pretende-se leiloar estas obras, que nunca foram apresentadas ao público português nem nunca foram estudadas pela comunidade académica e artística, ou seja, o seu valor nunca foi aproveitado, sob alguma forma, por Portugal.(...)»

Veja  na integra o Projeto de Resolução do PCP  que «Suspende a alienação das 85 obras de Joan Miró e determina a sua valorização em Portugal»: [formato DOC] [formato PDF].

Entretanto,  está a correr a Petição Pública Manutenção em Portugal das obras de Miró (do património BPN) - neste endereço. E depoimentos num trabalho da RTP notícias aqui.

 

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

«ORÇAMENTOS AUTÁRQUICOS NÃO POUPAM CULTURA» | José Jorge Letria


Jornal Público - 6 jan 2014




«Praticamente sem excepção, os orçamentos dos executivos autárquicos para 2014 aprovados antes do final do ano sofreram cortes significativos e, de uma forma ainda mais acentuada, na área da Cultura. É sabido que, quando se enfrenta uma crise com esta magnitude, é preciso reduzir despesas de forma generalizada, mas também é indispensável que se saiba hierarquizar a importância daquilo que se corta.

Se um executivo autárquico está convicto de que a actividade cultural pode contribuir para criar mais emprego, para ajudar o sector turístico e o da restauração e pode ainda contribuir para atrair visitantes nacionais e estrangeiros, deverá ser cauteloso nos cortes, já que eles podem afectar uma área de potencial estratégico. Tenho presentes vários concelhos portugueses que nos dois últimos anos souberam utilizar a oferta cultural com criatividade e inteligência, organizando festivais e vários eventos originais que se traduziram no encaixe de receitas nada desprezíveis.

Trata-se de uma questão de opção e de mentalidade que nos remete para uma situação passada com Winston Churchill durante a Segunda Guerra Mundial. Quando deputados da oposição e alguma imprensa o criticaram por, investindo na Cultura e nas Artes, poder estar a afectar o esforço de guerra, ele responder algo parecido com isto: “Se não lutarmos por isto, lutamos porquê?” Queria o grande estadista enfatizar a ideia segundo a qual, ante a barbárie em marcha, é preciso defender os valores da cultura e da civilização, que são também os da liberdade». Continue a ler.




domingo, 5 de janeiro de 2014

EUSÉBIO | «E então não era golo - era poema»





Havia nele a máxima tensão.
Como um clássico ordenava a própria força,
sabia a contenção e era explosão,
havia nele o touro e havia corça.

Não era só instinto era ciência,
magia e teoria já só prática.
Havia nele a arte e a inteligência
do puro jogo e sua matemática.

Buscava o golo mais que golo: só palavra.
Abstracção. Ponto no espaço. Teorema.
Despido do supérfluo rematava
e então não era golo – era poema.


Manuel Alegre, sobre Eusébio

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

CULTURA | Chave do Desenvolvimento Sustentável



No ano passado, na China, em Hangzhou de 15 a 17 de Maio,  como aliás demos conta no Elitário Para Todos, por iniciativa da Unesco, teve lugar o Congresso Internacional "Culture: Key to Sustainable Development". Este post é apenas para lembrarmos que valerá a pena visitar o site da iniciativa onde se pode saber do muito do que lá aconteceu. Aqui. Em particular, tem-se acesso à Declaração de Hangzhoudisponível em várias linguas, e  de que pouco se falou no nosso País. E é uma boa sintese. Lá pode ler-se, por exemplo:




POR DETRÁS DO ESPECTÁCULO



No NYT online de 27 de dezembro o artigo  «Hey, Stars, Be Nice to the Stagehands. You Might Need a Loan» merece ser lido por todos aqueles que se interessam  pelo processo  que faz como que o ESPECTÁCULO aconteça. Uma passagem:

«(...)
Backstage workers can earn more than the onstage talent. Five stagehands at the David H. Koch Theater at Lincoln Center were each paid more in total compensation in 2011 than the highest-paid dancer at New York City Ballet, filings showed. And, in 2010, “Spider-Man: Turn Off the Dark” paid its stagehands a total of $138,000 a week, while the principals and members of the ensemble earned slightly less than $100,000 put together, according to documents submitted to the state attorney general’s office. (...). O artigo na integra.


quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

CONGRESSO |« Keep It Simple, Make It Fast! Underground music scenes and DIY cultures» | 9-11 Jul 2014 | Porto

 
 
várias disciplinas a partic
 


«CALL FOR PAPERS»
Submissão de resumos: de sexta-feira, 1 de novembro de 2013 até quarta-feira, 15 de janeiro de 2014.


 «O Conference Organizing Committee vem por este meio anunciar a conferência “Keep It Simple, Make It Fast! (KISMIF) Underground music scenes and DIY cultures”, a ter lugar no Porto de 9 de julho a 11 de julho de 2014. A organização da conferência KISMIF será levada a cabo pelo projeto de investigação Keep It Simple, Make It Fast! (PTDC/CS-SOC/118830/2010). A submissão de comunicações para a conferência está aberta a todas as áreas da sociologia e das ciências sociais. O Conference Organizing Committee convida investigadores experientes e jovens investigadores de várias disciplinas a participar no Congresso. As cenas musicais underground foram, desde há muito tempo, associadas a fortes práticas culturais DIY (do-it-yourself). Consequentemente, mantendo um registo de reflexão sociológica, apesar de aberto a todas as restantes ciências sociais, pretendemos discutir a importância de práticas artísticas e musicaisunderground na sociedade contemporânea, quer pela sua volatilidade, quer pela sua inegável importância nas culturas juvenis urbanas. As culturas musicais urbanas, no que diz respeito ao underground, ainda são consideradas como objetos ilegítimos de análise no âmbito do emolduramento da teoria social contemporânea. No entanto, estas culturas desempenham um papel central no funcionamento da (pós)indústria musical e no panorama dos media digitais emergentes. Também é nossa intenção clarificar as cenas musicais que atravessam as cidades contemporâneas, dando-lhes ritmo mas, também, formas específicas de identidade cultural e de herança histórica, social e artística. Este Congresso de três dias explora o panorama contemporâneo das cenas musicais underground urbanas e das culturas DIY num contexto global». SAIBA MAIS.