quarta-feira, 8 de outubro de 2014

DIRIGENTES DGARTES | Melhor fora que dissessem que estão «à espera da última moda»




Uma vez mais, por más razões, a DGARTES veio a público em vários orgãos de comunicação social.  Por exemplo, do jornal Público, a notícia da imagem que pode ler aqui, donde: «A acção, apresentada por Fátima Marques Pereira, visa o secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, e a Presidência do Conselho de Ministros (PCM), e é justificada pelo facto de não ter havido seguimento do processo de escolha de director-geral das Artes, após a indicação dos três finalistas para o cargo, pela Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (CReSAP). É de 4 de Outubro. Depois, género «taco a taco», temos a seguinte,  do mesmo jornal, e com a mesma data:


Mas para perceber este enredo, aconselhamos que volte a posts anteriores do Elitário Para Todos sobre esta telenovela. Entre pelo mais recente:  TIPO PAGADORES DE PROMESSAS | Os dirigentes por nomear para a área da cultura da Presidência do Conselho de Ministros.
Bom, tudo isto é penoso, mas  temos de insistir nos dirigentes que na área da Cultura da Presidência do Conselho de Ministros  ainda não foram nomeados - e  não é apenas na DGARTES. E não vale a pena andar com rodeios, a coisa é muito simples: quer em termos jurídicos quer na ótica da gestão, tudo isto é incompreensível e insuportável. E esta agora do SEC enviar uma carta à CRESAP é no mínimo risível.  Já agora,  de um trabalho do jornal Expresso de 15 de Agosto passado sobre a CRESAP:



Não há prazos, mas espera-se que haja bom senso. E alguém sabe alguma coisa do Decreto Regulamentar de Março e do «procedimento legislativo tendente à alteração da lei orgânica da DGARTES»  referidos na notícia acima? e para os outros organismos onde há dirigentes «em falta» não há «procedimentos» ? Embora a questão seja de fundo, tem a ver com o MODELO, e fundamentalmente com a forma de fazer política, e gerir a coisa pública,  não deixa de ser curiosa a tentativa de um expediente jurídico para resolver uma questão de gestão. E de bom senso, uma vez mais. É um padrão corrente, quando se quer iludir os cidadãos ... e criar trapalhadas que levam as pessoas a desistir de perceber.  Era melhor que, como Bocage,  se dissesse que se estava «À espera da última moda».   Como é possível que isto se passe, como é possível que no Governo não haja quem repare nisto - se calhar é porque a cultura não team assento no Conselho de Ministros.  Mas nas Oposições o que se ouve é também silêncio. Enfim, ninguem para exterminar a coisa. Nem denunciar, quanto mais exterminar! Mas, pensando bem, ao estado a que chegou a Cultura e as artes, quem se interessa com o Director-Geral da DGARTES! Mas começa-se assim, e depois é a bola de neve ... .   Já agora, atentos a este e a outros casos, e inspirados na MAFALDA que acaba de fazer 50 anos: o que leva a que um membro do Governo se demita ou seja demitido?


Sem quererem, este «caso» mostra bem como no momento é irrelevante haver ou não haver dirigentes, e como se podem tornear concursos,  ... Sair da situação em que se encontra o serviço público na cultura e nas artes, nomeadamente no que deve ser garantido pela DGARTES, já não passa por aqui ... Para lá de gente competente são necessárias outras politicas, e outros paradigmas no trabalho. Começando por  um lugar digno na estrutura do Governo.


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