quarta-feira, 31 de julho de 2013

COM JOAQUIM BENITE REVIVER O PASSADO E CUIDAR O FUTURO (2)



Continuemos a divulgar a homenagem que foi feita a Joaquim Benite no Festival de Almada deste ano - o seu festival. Já nos tínhamos referido ao que disse José Peixoto. Agora do que escreveu e leu Luís Miguel Cintra, lá, em Almada, na Casa da Cerca:

 O Benite ia ter gostado de ouvir isto,  vindo do Luis Miguel Cintra, do Teatro da Cornucópia, sobre quem ouvi dizer, tantas vezes, (e outros o dizem também), que devia ter o estatuto de  Teatro Nacional. E tanto está resumido com esta assunção!

terça-feira, 30 de julho de 2013

A ORQUESTRA NACIONAL DA GRÉCIA ACABOU

 

 
 
Um dos comentários no youtube: Que dia triste para o povo grego! Não consigo parar de chorar. Que Europa é esta que nos querem impor? aqui. «O último concerto [da orquestra grega] transmitido ao vivo pela televisão estatal Ert, com os músicos chorando enquanto executavam o hino nacional, comoveu o mundo todo». Para os que não se aperceberam disto, este post, aqui no Elitário Para Todos, e pode saber mais na notícia «GRÈCE. Dernier concert de l'orchestre national. C'est l'Europe qu'on assassine». Aterrador ! A televisão, a orquestra nacional, ... o que se seguirá?

sábado, 27 de julho de 2013

O INSTITUTO DAS ARTES DE DETROIT

The Detroit Institute of Arts

«A falência da cidade de Detroit pode deixar à mercê dos credores, e de eventuais compradores, um dos seus bens mais valiosos: colecções de arte avaliada em milhares de milhões de dólares, noticiou o jornal Washington Post.
Sem uma lei que proíba a venda da colecção do Detroit Institute of Arts Museum (DIA) não é claro se a cidade as pode proteger». Continue a ler no jornal Público.
 
Sobre este assunto o editorial do NYT A Civic Treasure in Detroit  onde está escrito (destaque nosso):
 
«This art should not be sold to some private investor who might hide it in the den or, worse, a Swiss warehouse. As Thomas Campbell, the chief executive and director of theMetropolitan Museum of Art in New York, said, public art must be “a permanent, rather than a liquid, community asset.”»
 
O site do DIA e a sua missão: «Creating experiences that help each visitor find personal meaning in art».
 
 
 
 
The Wedding Dance,” Pieter Bruegel the Elder’ uma das obras do DIA
 
 

domingo, 21 de julho de 2013

ASSIM VAI A CULTURA ... (6)

 

Começa na próxima segunda-feira, a 22 de julho. Saiba tudo aqui, no site do Festival. Entretanto, conheça em que condições está a ser possível:
 
 
Público | Ípsilon |2013-07-19
 

quarta-feira, 17 de julho de 2013

DGARTES | «Anulação de todos os atos administrativos praticados»


Não é só no processo dos Apoios às Artes que há anulações, avanços e recuos, como amplamente temos dado conta no Elitário Para Todos, de tal forma que é difícil «seguir a meada». De facto, um leitor deste blogue chamou-nos a atenção para o despacho seguinte publicado há dois dias (15 de julho 2013) no Diário da República:

Veja aqui no DR na pg. 22079

Vendo bem ... esqueceram-se do essencial! Lapso coletivo!  
Para saber mais sobre o que estava, está, a concurso, nomeadamente sobre o júri,   vá aqui.  Mas ainda assim ficam perguntas à espera de resposta, que se podem resumir:  como é que isto  acontece? E quais foram  as consequências para lá do que nos é dado a conhecer pelo DR?  Vamos ficar atentos. 
 

segunda-feira, 15 de julho de 2013

COM JOAQUIM BENITE REVIVER O PASSADO E CUIDAR O FUTURO (1)





No sábado,  no âmbito do Festival de Teatro de Almada, na Casa da Cerca, recordou-se Joaquim Benite, e amigos leram textos que estão publicados no ópusculo da imagem. Um excerto do escrito e lido pelo José Peixoto:

 
 
 
Memórias que nos levam a refletir os tempos de hoje com alicerces. Havemos de voltar a outros testemunhos ...


sábado, 13 de julho de 2013

A 13 DE JULHO DE 1958 | Carta do Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes, a Salazar (1958)

 

 
Se não conhece ou quer recordar, veja aqui a Carta do Bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes, a Salazar (1958), de um 13 de julho distante. E também tirado do Entre as  Brumas da Memória de Sophia de Mello Breyner:



D. António Ferreira Gomes


Na cidade do Porto há muito granito
Entre névoas sombras e cintilações
A cidade parece firme e inexpugnável
E sólida – mas habitada
Por súbitos clarões de profecia
Junto ao rio em cujo verde se espelham as visões
Assim quando eu entrava no Paço do Bispo
E passava a mão sobre a pedra rugosa
O paço me parecia fortaleza
Porém a fortaleza não era
Os grossos muros de pedra caiada
Nem os limites de pedra nem a escada
De largos degraus rugosos de granito
Nem o peso frio que das coisas inertes emanava
Fortaleza era o homem – o Bispo –
Alto e direito firme como torre
Ao fundo da grande sala clara: fortaleza
De sabedoria e sapiência
De compaixão e justiça
De inteligência a tudo atenta
E na face austera por vezes ao de leve o sorriso
Inconsútil da antiga infância.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

FESTIVAL DE ALMADA | Teatro da Cornucópia | AI AMOR SEM PÉS NEM CABEÇA

9 JULHO
Teatro Municipal Almada | Sala Principal 
Terça-feira | 21:00 h
 





 
AI AMOR SEM PÉS NEM CABEÇA, destemperado jogo de entremezes lisboetas
(espectáculo encenado por Luis Miguel Cintra a partir de textos do teatro de cordel setecentista).
 A encenação e colagem de textos é de Luis Miguel Cintra e o cenário e figurinos de Cristina Reis. No elenco estão: Dinis Gomes, Duarte Guimarães, José Manuel Mendes, Luís Lima Barreto, Luis Miguel Cintra, Luísa Cruz, Manuel Romano, Rita Durão, Rui Teigão, Sofia Marques, Teresa Madruga, Vítor d’ Andrade, Ana Amaral e Laura Silva (estagiárias da Escola Superior de Teatro e Cinema).
 
O  teatro de cordel português, que finalmente está catalogado e já em parte digitalizado, é uma espécie de arca do tesouro ou de caixa de Pandora donde podem sair mil surpresas a negar que o teatro português fosse um campo secundário da cultura portuguesa. São obras de todo o género que entre o século XVI e o séc. XIX já se venderam e compraram na rua. Foram eruditas e populares, foram veículos de vida. Houve uma arte efémera, claro, que foi muito viva na nossa terra. Esse património dramatúrgico continua a ser pouco explorado. E no entanto o seu carácter quase anónimo, mesmo quando se trata de textos de muito bons autores pede que seja manipulado, parece que está à espera que o transformem em teatro de novos tempos. +

Foram muito poucos os espectáculos da Cornucópia que não vi - e sempre por razões intransponíveis - e por isso a Cornucópia faz parte da minha vida. E não é só pelo que se vê em palco, há também o cartaz, e ..., por exemplo,  o programa. Integram o meu «pacote». Se o programa é obrigatório trazer, o cartaz só de vez em quando. Não é a mesma coisa, mas agora podemos vê-los no site da Companhia: os cartazes da Cristina Reis.
Que bom seria se os Programas também estivessem  acessíveis, por si só consubstanciam serviço público. O de AI Amor Sem Pés Nem Cabeça penso que é especial,  tem muito de memória que Luís Miguel Cintra achou ser tempo de partilhar, e de reflexão sobre os dias que correm,  e já anda de mão-em-mão. Por vezes arrepia. Começa assim:

«Há 40 anos, mais ou menos por esta fase do ano, estava eu a preparar-me para me deixar empurrar e ganhar coragem para começar os ensaios de O Misantropo de Moliére numa tradução que esforçadamente elaborei com a previsível inconsciência de um jovem actor que depois de duas encenações no teatro não profissional, universitário e amador, empurrado por outros amigos mais ou menos da mesma idade e tão inconscientes como ele, já passava a director de companhia profissional. (...)» . 

 E uma outra passagem:
 


Se não viu no Teatro do Bairro Alto, tente não perder a Cornucópia em Almada. «Luxos» a que temos direito.



 Imagem não disponivel