domingo, 29 de abril de 2012

HOJE É DIA MUNDIAL DA DANÇA


Cada um celebra ao seu modo. Aqui lembramo-nos (sem querermos ser saudosistas) que neste mesmo dia em 1997 foi distribuido um  encarte (capa na imagem acima) com a relação da atividade apoiada pelo Estado que consubstanciava o serviço público assegurado. E apeteceu-nos, nesta linha, trazer para o Elitário Para Todos  um artigo passado de João Fiadeiro  - NÓ CEGO - através deste post doutro blogue. 

terça-feira, 24 de abril de 2012

MOVIMENTO 1 POR CENTO PARA A CULTURA


Em vesperas do 25 de Abril o MOVIMENTO 1 POR CENTO PARA A CULTURA. E no email que recebi dizem mais:  Manifesto em defesa da Cultura participará na manifestação do 25 de Abril, com a sua campanha em defesa de 1% para a Cultura. 1% do Orçamento do Estado, como patamar mínimo, rumo a 1% do PIB, como recomenda a UNESCO a países com o nível de desenvolvimento de Portugal. O ponto de encontro, em Lisboa, é na esquina norte da Rua Brancaamp com o Marquês de Pombal, às 14h30. Participem! Tragam barulho, vontade e convicção.
Eu só juntei o cravo, colhido não sei onde.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

NOMEAÇÕES - JÁ NADA É IMPOSSÍVEL NA DGARTES

Trabalhadores da DGARTES chamaram-nos a atenção para mais este ato que acaba de ser divulgadao no Diário da Républica:
A Portaria n.º 392/2007, de 30 de março, com as alterações introduzidas
pela Portaria n.º 1454/2007, de 12 de novembro fixou em dois
o número máximo de unidades orgânicas flexíveis da Direção -Geral
das Artes.
Por despacho, de 1 de agosto de 2011, do Diretor -Geral, foi criada a
Divisão de Recursos Humanos e Patrimoniais e definidas as respetivas
competências.
Considerando que se torna imprescindível assegurar o normal funcionamento dos serviços até à conclusão do processo de reestruturação
da DGArtes e que o cargo não se encontra provido na sequência de
procedimento concursal, é necessário nomear, em regime de substituição,
o Chefe da Divisão de Recursos Humanos e Patrimoniais, cargo
de direção intermédia do 2.º grau;
Considerando o perfil, as competências técnicas e pessoais e a aptidão
do técnico superior Hugo Filipe Teles Porto, do mapa de pessoal da
Direção Regional de Cultura do Alentejo;
Considerando que o mesmo licenciado reúne os requisitos legais
exigidos no artigo 20.º da Lei n.º 2/2004, de 15 de janeiro, alterada pela
Lei n.º 51/2005, de 30 de agosto, Lei n.º 64 -A/2008, de 31 de dezembro,
Lei n.º 3 -B/2010, de 28 de abril e Lei n.º 64/2011, de 22 de dezembro,
conforme decorre da nota curricular anexa ao presente despacho:
1 — Nomeio, nos termos e ao abrigo do disposto no artigo 27.º da
citada Lei n.º 2/2004, em regime de substituição, no cargo de chefe
da Divisão de Recursos Humanos e Patrimoniais, o licenciado Hugo
Filipe Teles Porto, técnico superior da Direção Regional de Cultura
do Alentejo.
2 — A presente nomeação produz efeitos a partir de 16 de abril de
2012.
12 de abril de 2012. — O Diretor -Geral das Artes, Samuel Costa
Lopes do Rego.
Confirme por si. Mas para perceber isto veja o histórico recorrendo ao arquivo deste blogue. Especificamente sobre este despacho e ao que ele deixa saber: esta nomeação é para um lugar que, bem vistas as coisas, não existe, dado que  já saiu a «orgânica» da DGARTES - Decreto Regulamentar n.º 35/2012 de 27 de Março. Foi a saida deste diploma que esteve na base da cessão do exercício de funções da anterior pessoa que ocupava o lugar aqui em causa (curiosamente este Despacho não foi publicado no DR). E com espanto nos dizem que não houve tratamento idêntico para as outras chefias que estavam em regime de substituição. Os trabalhadores da DGARTES informam-nos destas coisas como que a pedir SOCORRO. Aqui fica. E empenhamo-nos nisto porque uma DGARTES  com uma vida interna destas não pode, de maneira nenhuma, fazer os minimos para que foi criada: trabalhar para a existência de um SERVIÇO PÚBLICO, digno desse nome, na esfera das artes.   

quarta-feira, 18 de abril de 2012

«A CULTURA CONTRA A CRISE»

«A Cultura Contra a Crise» é um artigo de Guilherme de Oliveira Martins, Presidente do Tribunal de Contas*,  publicado no jornal Público de hoje. Do meu ponto de vista, devia ser texto obrigatório em muitas áreas. Não está disponível online, por isso apenas o começo (mas lá que me apeteceu transcrevê-lo todo, apeteceu):«Assinala-se hoje o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, sendo este ano proposto o tema “Do Património Mundial ao Património Local — Proteger e Gerir a Mudança”. Temos de entender que a cultura entra na ordem do dia como sinal de criatividade e de humanismo. No fundo, só há economia para as pessoas se compreendermos as raízes, a história, a memória, a herança e a cultura como criação. Assinalamos ainda o 40.º aniversário da aprovação da Convenção para a Proteção do Património Mundial Cultural e Natural, adotada na 17.ª Conferência Geral da UNESCO de 1971, importante instrumento internacional no qual se assume um compromisso solene de defesa da cultura e da natureza, num tempo em que os riscos de destruição do património e de esgotamento dos recursos fetam gravemente o desenvolvimento humano. Com efeito, “o património cultural e o património natural estão cada vez mais ameaçados de destruição, não apenas pelas causas tradicionais de degradação mas também pela evolução da vida social e económica que os agrava através de fenómenos de alteração ou de destruição ainda mais importantes”. Este documento tornou-se referencial, uma vez que consagra obrigações especiais no campo da cultura. Os monumentos, os conjuntos e os lugares de interesse devem ser devidamente considerados e respeitados. Contudo, não se trata apenas de cuidar das edifi cações, mas sim de considerar essas marcas de civilização como polos de desenvolvimento humano. As raízes e a história dizem-nos de onde vimos, mas também apontam para a necessidade de nos respeitarmos mutuamente. As culturas só se enriquecem abrindo-se e cooperando. Apenas dando e recebendo podemos contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável e aberto. Por isso, falar de Monumentos e Sítios é abrir horizontes para que a sociedade assuma projetos de humanismo e de solidariedade, de respeito, de liberdade e de igualdade. A cultura é marca de exigência e de rigor. Através dela encontramos a distinção da qualidade. Através dela percebemos que a economia e a poupança são valores positivos contra a destruição e o desperdício. Eis por que razão a cultura tem de estar no centro da ação contra a crise, contrapondo sobriedade à mera austeridade. (...)».
E o fim: «Compreendendo-se que aquilo que mais vale é o que não tem preço, numa sociedade que se deixou arrastar por um mercantilismo cego, pelo fundamentalismoo preço e pela lógica de casino, temos de entender que, longe de ser um luxo, a cultura (vista num sentido amplo, ligada à educação e à ciência) está no coração das políticas públicas contra a crise. Criar espaços de qualidade, de inovação e de diálogo entre pessoas e comunidades torna-se fundamental e urgente. Contra o isco do esgotamento de recursos temos de contrapor um desenvolvimento humano sustentável no qual a cultura esteja no centro como primeira prioridade.»
*  Tenho sempre a ideia que artigos de pessoas em funções públicas como é o caso de  Guilherme de Oliveira Martins não deviam ter os seus trabalhos trancados. Bem sei da crise também dos Jornais, mas ainda ssim...

terça-feira, 17 de abril de 2012

«SERIA UNA TRAGEDIA QUE LA CULTURA ACABE EN PURO ENTRETENIMIENTO»


Mario Vargas Llosa


«(...)De esa sensación surgió una convicción y de esta un ensayo, La civilización del espectáculo (Alfaguara). En sus páginas el premio Nobel de Literatura disecciona la conversión de la cultura en un caos donde “como no hay manera de saber qué cosa es cultura, todo lo es y ya nada lo es”. Esa disolución de jerarquías y referentes es consecuencia, para Vargas Llosa, del triunfo de la frivolidad, del reinado universal del entretenimiento. Pero los efectos de este clima de banalización extrema no se limitan a la cultura. Para el escritor, y quizá sea este su juicio más severo, el empuje de la civilización del espectáculo ha anestesiado a los intelectuales, desarmado al periodismo y, sobre todo, devaluado la política, un espacio donde gana terreno el cinismo y se extiende la tolerancia hacia la corrupción, algo que el autor de Conversación en La Catedral ilustra con una anécdota de su tierra natal: (...)»